A interrupção da realização dos recitais do contratenor Luís Peças na Sala do Capítulo, no Mosteiro de Alcobaça, já levou a uma série de reclamações junto dos serviços do monumento.
A interrupção da realização dos recitais do contratenor Luís Peças na Sala do Capítulo, no Mosteiro de Alcobaça, já levou a uma série de reclamações junto dos serviços do monumento.
Além dos visitantes, também guias turísticos lamentaram a ausência dos momentos musicais, que todos os dias até à semana passada aconteciam no Mosteiro. Em causa está o fim do contrato, no passado mês de outubro, entre a Câmara de Alcobaça e a Direção Geral do Património Cultural, entidade que tutela o Mosteiro, que permitia ao contratenor proporcionar momentos de música barroca aos visitantes.
“Há dez anos que faço os recitais no Mosteiro, de uma forma gratuita, e nunca fui impedido de o fazer, mesmo quando os contratos já não estavam em vigência“, lamenta Luís Peças. O alcobacense explicou ao REGIÃO DE CISTER que os contratos tinham uma duração de seis meses, mas que, no intervalo da renovação dos mesmos, havia autorização para a realização dos recitais, de forma a “não prejudicar o calendário de atuações”.
O caso suscitou já a intervenção da Associação dos Amigos do Mosteiro de Alcobaça (AMA), que pediu à tutela que resolva o assunto com brevidade, salientando a valorização do monumento que acontece através dos recitais de canto lírico.
Também Paulo Inácio, presidente da Câmara de Alcobaça, disse ao REGIÃO DE CISTER ter sinalizado junto da DGPC o interesse em manter o protocolo, que considera “interessantíssimo do ponto de vista cultural e turístico”.
A diretora do Mosteiro garante que a DGPC está a “tratar dos trâmites habituais em conformidade com a lei, por forma a possibilitar a continuidade desta atividade”, que acontece “afortunadamente e já há vários anos, devido a um acordo existente entre a Câmara Municipal de Alcobaça e a Direção Geral do Património Cultural/Mosteiro de Alcobaça”, explica Ana Pagará.