Sábado, Abril 20, 2024
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Ourivesaria Pinto serve pataienses há seis décadas

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Foi em Cantanhede, pela mão de um tio, que Aquiles Pinto se iniciou como ourives. Depois de aprender o ofício, ouviu “os conselhos” de uma pessoa amiga e mudou-se para Pataias, onde se estabeleceu por conta própria. 

Foi em Cantanhede, pela mão de um tio, que Aquiles Pinto se iniciou como ourives. Depois de aprender o ofício, ouviu “os conselhos” de uma pessoa amiga e mudou-se para Pataias, onde se estabeleceu por conta própria. Passaram seis décadas e a Ourivesaria Pinto, instalada no centro da vila, continua a servir os pataienses. Mesmo que o negócio “já tenha conhecido melhores dias”.

“Vim para Pataias em 1962 porque me disseram que havia potencial nesta localidade para o negócio e assim foi. Estou cá há 57 anos e por cá continuarei”, garante o comerciante, que nota diferenças substanciais na clientela nos últimos anos.

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“Vamos vendendo alguma coisa, mas o negócio está muito parado. Além disso, os jovens ligam pouco às peças em ouro. E os clientes que querem ouro dizem que é muito caro e optam pela prata”, lamenta Aquiles Pinto, que abre a porta da ourivesaria seis dias por semana, mas sempre que pode volta a Cantanhede, onde tem terrenos que faz questão de vindimar.

Ao longo de quase 60 anos de atividade tem muitos “clientes que se tornaram amigos” e passou a “gostar muito” de Pataias. “Vim com a minha mulher e por cá fizemos família”, diz o comerciante, não escondendo o orgulho pela filha, advogada de profissão, e pelo facto de o filho também ter enveredado pelo negócio das ourivesarias. Ele “tem uma loja igual a esta na Marinha Grande”, revela, entre sorrisos, o patriarca, que, como tantos outros profissionais do ramo, foi alvo de várias tentativas de assalto”. “Chegaram a fazer buracos numa parede e no teto para tentarem assaltar a loja e até rebentaram a montra”, relembra o empresário, que não esquece o dia em que “enquanto atendia um cliente”, um larápio lhe levou “mais de cinco mil euros” em peças, “mas não foi apanhado por um triz”.

Na Ourivesaria Pinto vende-se “de tudo um pouco”, desde peças em ouro, prata ou relógios. “Estou aqui mais para me entreter. Tive propostas para vender o espaço, mas recusei sempre”, nota Aquiles Pinto, frisando que tem clientes “de toda a região”. “Os habitantes de Pataias deslocam-se com facilidade a outras localidades, mas a localização da vila também permite que cá venham clientes da Nazaré, Alcobaça ou da Marinha Grande”, refere.

Dispõe de “mais de 400 relógios” naquele espaço comercial para e, como em qualquer ourivesaria, muitas peças em ouro e prata. Mas até a disposição dos produtos na loja tem vindo a sofrer mudanças. “Cheguei a ter 2 kgs de ouro na montra. Hoje em dia não vale a pena”, nota Aquiles Pinto, identificando, assim, o calcanhar de… Aquiles do negócio: a falta de clientes.

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