No ano em que se celebra o 150.º aniversário de Maurice Ravel, o Cistermúsica dedica uma dezena de espetáculos ao compositor e pianista francês do final do século XIX e início do século XX.
Partindo do tema “Variações, Impressões e Ilusões”, o Festival de Música de Alcobaça propõe ao longo da sua 33.ª edição uma viagem sonora e sensorial pelo universo desta figura incontornável da modernidade musical europeia. A programação que homenageia Ravel abre com a interpretação da “Suite Ma Mère l’Oye” pela Orquestra do Algarve, a 5 de julho.
Escrita inicialmente para dois pianos e mais tarde orquestrada, a obra revela o fascínio e a inspiração do compositor pelo exotismo oriental, pelos contos franceses do século XVII e pelas danças arcaicas de corte, numa evocação moderna do passado.
A “Suite n.º 2” do bailado “Daphnis et Chloé”, o “Concerto para Piano em Sol Maior” e “La Valse”, três das suas obras mais relevantes, serão apresentadas pela Orquestra Filarmónica Portuguesa, a 12 de julho. Já o icónico “Bolero” voltará a ser interpretado pela Banda Sinfónica de Alcobaça durante o concerto de encerramento da programação principal, a 1 de agosto, cujo programa inclui ainda a “Pavane pour une infante défunte” e a orquestração que Ravel compôs a partir dos “Quadros de uma Exposição” de Modest Mussorgsky.
Além do registo sinfónico, algumas das mais emblemáticas obras do músico francês vão também poder ser ouvidas ao longo do festival em versões para ensembles de metais e de cordas e ainda para quarteto de saxofones. Já no que diz respeito à música de câmara, será apresentado pelo Quartzo Ensemble, a 24 de julho, um programa inspirado no barroco francês que destaca a obra “Le Tombeau de Couperin”, composta em memória dos amigos de Ravel que foram vítimas da Primeira Guerra Mundial.
E, dado que o nome do compositor está fortemente ligado à dança, o Cistermúsica propõe o bailado “Maurice Accompagné”, que levará ao palco do Cine-Teatro João D’Oliva Monteiro a companhia Paulo Ribeiro, no dia 10 de julho.
No âmbito do Cistermúsica Redes, o festival convida a embarcar numa viagem musical e poética que começa no período do Renascimento e vai até aos dias de hoje, com o grupo vocal Voces Cælestes, no Castelo de Leiria, a 26 de julho.
Do intimismo da música de câmara à exuberância orquestral, passando pela dança, não vão faltar razões para celebrar o legado deixado por um dos maiores nomes da música impressionista! Os bilhetes para toda a programação do Festival de Música de Alcobaça, que decorre entre o dia 27 do próximo mês e 2 de agosto, já se encontram à venda.