A Comissão Política de Alcobaça do PS lançou duras críticas à gestão de Ana Pagará à frente do Mosteiro de Alcobaça.
A Comissão Política de Alcobaça do PS lançou duras críticas à gestão de Ana Pagará à frente do Mosteiro de Alcobaça.
Em comunicado, a estrutura liderada por Rui Alexandre começa por dizer que a alteração do circuito das entradas do monumento “tem de ser feita sem se proceder ao encerramento da porta da Igreja”, para depois afirmar que a “prática gestionária” do Mosteiro é “inconforme aos normativos nacionais e internacionais que apelam, explicitamente, para a relação profícua com a comunidade local”. Os socialistas dizem que a diretora revela “falta de capacidade de diálogo, bem como (…) inaptidão para o estabelecimento de consensos” e que o Mosteiro “está de costas voltadas para a comunidade de proximidade”.
O PS/Alcobaça vai mais longe e declara que a “programação cultural e pedagógica promovida pelo Mosteiro não apresenta um carácter transversal” e que se resume “a encontros de carácter científico para público especialista”, além de que “não existe preocupação com a educação patrimonial”. O comunicado atesta, ainda, que “também não é benéfico, nem ao Mosteiro de Alcobaça nem à comunidade, a existência do conflito institucional entre a Igreja e o Estado no seio do Monumento”, que “resulta da falta de capacidade de diálogo” da diretora, que, “na maioria das vezes, não responde às solicitações do pároco”.
Em resposta, Ana Pagará diz ao REGIÃO DE CISTER ter ficado “perplexa” com a posição do PS, por revelar “um total desconhecimento da realidade no que respeita à atual gestão do Mosteiro”. Sublinhando que o monumento é um bem inscrito na Lista do Património Mundial da Humanidade e que a gestão “segue rigorosamente a lei geral do Património, os regulamentos em vigor da tutela e as orientações técnicas da UNESCO”, a diretora refere que “o reforço da ligação” do monumento “à comunidade local é prioritário”, salientando que, “pela primeira vez na sua história, o Mosteiro tem um serviço de visitas orientadas de segunda a sexta-feira, às 11, 15 e 16 horas, para o público em geral”, com uma taxa superior a 95% de respostas positivas a solicitações de escolas, universidades e IPSS, nacionais e estrangeiras”.
No que respeita à relação com a Paróquia, Ana Pagará assegura “que todas as solicitações” do pároco, “as quais normalmente são relativas a necessidades de conservação e manutenção”, podem levar a uma concretização que dure “mais tempo, uma vez que implicam disponibilidade financeira por parte da DGPC e procedimentos de aquisição de serviços”, mas que são respondidas e atendidas”. Em relação ao novo circuito de visita, a implementar até final do ano, “e tal como já apresentado publicamente, nunca esteve em causa o acesso dos fiéis à igreja do Mosteiro através do seu portal principal.”