João Lucas, médio que deixou uma marca indelével no Ginásio, foi homenageado pelo clube onte tudo começou, no passado sábado, com a realização da 1.ª edição do Torneio João Lucas, que juntou os craques das equipas de sub-19 dos azuis, bem como as formações do Boavista e da Académica, clubes que o malogrado jogador representou numa carreira ao mais alto nível.
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O dia foi recheado de futebol, que não poderia faltar no tributo ao falecido, juntando familiares – a quem foi ofertado um troféu e uma peça de cristal – e centenas de amigos e conhecidos do alcobacense, ele que faleceu em 2015, vítima de morte súbita, aos 35 anos.
Além disso, a iniciativa contou com a presença do “padrinho” Joaquim Evangelista, presidente do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF), e de elementos dos órgãos sociais da Académica e do Boavista.
Durante a manhã, a comitiva deslocou-se ao cemitério para colocar uma coroa de flores na campa de João Lucas, sendo que, durante a tarde, rolou a bola no Municipal de Alcobaça.
O antigo médio iniciou-se no Ginásio, antes de rumar à formação da Académica. Seguiram-se empréstimos ao Sp. Pombal e ao Anadia, antes de garantir um lugar na equipa principal dos estudantes, na qual esteve até 2004, momento em que trocou a Briosa pelos axadrezados.
João Lucas foi jogador do Boavista durante três épocas, antes de rumar aos sérvios do Estrela Vermelha, emblema que representou durante uma temporada apenas e que viria a ser o último desafio profissional do seu trajeto.
Nesse momento [tinha 27 anos] foi-lhe detetado um problema cardíaco que o obrigara a interromper a carreira. Juntou-se depois ao Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol, instituição na qual desempenhou funções de delegado do Norte.
O alcobacense, nascido em Caldas da Rainha, faleceu a 26 de maio de 2015, no Porto, deixando para sempre uma marca no futebol nacional, mas, sobretudo, regional. E foi esse percurso que foi agora recordado e enaltecido pelo Ginásio, pela Académica e pelo Boavista. E também por todos aqueles que o admiravam, enquanto futebolista, mas também a título pessoal.
“Foi nesta casa que começou a carreira de futebolista e sentimos que lhe devíamos prestar esta homenagem, convocando dois dos clubes mais importantes da sua carreira e, naturalmente, chamando a família para este momento”, disse o presidente do Ginásio, Hélder Nunes, ao REGIÃO DE CISTER, satisfeito pelo tributo prestado ao “filho da casa”.
O troféu da edição de estreia, de resto, ficou em casa. Naquela em que João Lucas começou.