Percorrer um areal nem sempre é sinónimo de diversão ou descanso. Para alguns, o pico da época balnear é uma oportunidade de negócio. Mas já não se trata apenas de vender bolas de berlim ou bolachas americanas. Mais recentemente há quem aposte nos momentos de relaxamento dos vereanantes com serviço de massagens no areal. São negócios de praia, que começam a proliferar na região.
Percorrer um areal nem sempre é sinónimo de diversão ou descanso. Para alguns, o pico da época balnear é uma oportunidade de negócio. Mas já não se trata apenas de vender bolas de berlim ou bolachas americanas. Mais recentemente há quem aposte nos momentos de relaxamento dos vereanantes com serviço de massagens no areal. São negócios de praia, que começam a proliferar na região.
“Não é um trabalho fácil”, sublinha Júlio Mendes, que há cerca de duas semanas começou a vender pastéis de nata na praia ao serviço de uma nova pastelaria que abriu este verão na Nazaré. O sol e andar na areia não ajudam… “mas nenhum trabalho é fácil”, admite o jovem nazareno, que estava desempregado.
Como ainda percorre o areal há poucos dias, o vendedor ainda não criou nenhuma “imagem de marca” para atrair compradores. Ainda assim, “olhó pastel!” parece ser suficiente para vender várias dezenas de bolos por dia e dar nas vistas. “As pessoas têm gostado do que vendemos e até já me reconhecem e vêm à procura de mais pastéis”, remata Júlio Mendes.
No norte da praia, bem pertinho da famosa Bola Nívea, os lisboetas Filipe Batalha e Carlos Abrantes decidiram “montar” uma barraca para disponibilizar serviços terapêuticos e massagens.
As “massagens combinadas em técnicas manuais com óleos aromatizados” têm atraído muitas pessoas à fila mais a norte da praia por ser “um local privilegiado para descansar”, adianta Filipe Batalha. O feedback é “positivo” e o terapeuta psico-emocional espera manter-se na Nazaré nas próximas épocas balneares.
Os trabalhos de praia também servem para ganhar “experiência e currículo”. As nazarenas Diana Carreira e Tatiana André, que ambicionam uma carreira na área da educação, ocupam as férias escolares para desenvolver várias atividades na Biblioteca de Praia. As duas jovens desenvolvem um conjunto de atividades direcionadas aos mais novos e sentem-se “realizadas” por poder trabalhar com “crianças e pessoas de todas as idades”. Nenhuma delas se “arrepende” de trabalhar durante as férias até porque estão a fazer algo que gostam e consideram que o trabalho na biblioteca de praia é “bom”.
Por estes dias a praia da Nazaré recebe milhares de pessoas. E é caso para dizer: se é uma temporada de descanso para uns, é de negócio (ou trabalho) para outros. Clientes não faltam, basta dar uma espreitadela na praia.