A Associação de Produtores Florestais dos Concelhos de Alcobaça e Nazaré (APFCAN), em parceria com a Câmara de Alcobaça, vai plantar cerca de 30 mil árvores na Quinta do Campo, localizada entre a Vestiaria e o Bárrio, para criar uma floresta autóctone de uso público.
A Associação de Produtores Florestais dos Concelhos de Alcobaça e Nazaré (APFCAN), em parceria com a Câmara de Alcobaça, vai plantar cerca de 30 mil árvores na Quinta do Campo, localizada entre a Vestiaria e o Bárrio, para criar uma floresta autóctone de uso público. O projeto foi apresentado, no passado dia 28 de novembro, por Marco Mendes, engenheiro florestal da APFCAN, adiantando que serão plantadas várias espécies de árvores como “pinheiro-manso, castanheiro, carvalho-alvarinho, carvalho-português, sobreiro, azinheira, azevinho, que é uma espécie protegida, e sequoias” no sentido de criar “uma paisagem florestal mais bonita e diversificada”.
Apesar de o resultado do projeto só ser visível “daqui a 20 anos”, Paulo Inácio mostrou-se muito satisfeito com a plantação de uma nova floresta no concelho. “São as próximas gerações que vão usufruir deste espaço, temos de pensar no futuro”, defendeu o presidente da Câmara.
A futura mata da Quinta do Campo, que terá cerca de 38 hectares, começou a ser “construída” durante o verão passado, com o corte e alienação do eucaliptal que estava plantado “há muito tempo sem qualquer tipo de intervenção ou ordenamento” naquele local, explicou Marco Mendes.
No interior da mata, a APFCAN também procedeu a trabalhos de limpeza dos caminhos e trilhos já existentes, com o objetivo de criar condições para a circulação pedonal no interior da mata. A maior parte das 30 mil árvores já está plantada mas, ainda assim, o engenheiro florestal garante que os trabalhos de florestação vão continuar a decorrer nos próximos meses.
A mata autóctone ganhará enfoque quando “enquadrada” com o projeto de mobilidade suave do Alcoa, que pretende ligar os concelhos de Alcobaça e da Nazaré com a criação de um trajeto nas margens do Rio Alcoa. Nos próximos anos, a autarquia vai “tratar” daquela zona e, através de uma “visão global turística e de natureza”, “ligar” também a mata à vila românica das Parreitas.
Futuramente os custos de manutenção da floresta da Quinta do Campo estão assegurados com a eventual alienação de “quatro hectares de eucaliptos”, uma espécie florestal altamente inflamável, que foram mantidos na mata para esse efeito.