O ruído provocado pelo parque de diversões instalado, no início do mês, no espaço que tem funcionado nos últimos anos como parque de estacionamento explorado pelos Bombeiros de São Martinho do Porto, foi contestado pelos moradores do Edifício Vasco da Gama, em São Martinho do Porto, representados na última reunião do executivo municipal pela mandatária daquele condomínio.
O ruído provocado pelo parque de diversões instalado, no início do mês, no espaço que tem funcionado nos últimos anos como parque de estacionamento explorado pelos Bombeiros de São Martinho do Porto, foi contestado pelos moradores do Edifício Vasco da Gama, em São Martinho do Porto, representados na última reunião do executivo municipal pela mandatária daquele condomínio.
Em causa está “o barulho causado pelos equipamentos de diversão e pela movimentação de pessoas, que não deixa ninguém descansar até à meia noite”, hora em que o parque fecha. “Aquela é uma zona habitacional, onde há idosos e crianças a morar, e ninguém vai conseguir descansar antes da meia noite durante este verão”, contestou a advogada Diana Leal, questionando a autarquia, que atribuiu a licença aos Bombeiros de São Martinho do Porto para ali ser instalado o parque de diversões até final de agosto.
O presidente da Câmara de Alcobaça explicou que a licença foi dada, em consonância com a Junta de São Martinho do Porto, mas exigindo-se o mínimo de barulho possível durante a noite. “Teremos de verificar se o que ficou acordado está a ser cumprido e agir se não for o caso”, frisou Paulo Inácio. Já o vereador Carlos Bonifácio (CDS-PP), que apelidou o parque de “mini feira popular”, considerou que quando o assunto foi apreciado em reunião de câmara “não havia a noção do que estava em causa”. Rogério Raimundo (CDU) e Eugénia Rodrigues (PS) também partilharam da mesma opinião.
O terreno em causa é cedido gratuitamente aos Bombeiros de São Martinho do Porto há mais de uma década, para que a associação, através da exploração do espaço como parque de estacionamento, possa angariar fundos. No entanto, este ano, e fruto de uma proposta de uma empresa de diversões, a associação humanitária concessionou o espaço para a instalação de um parque de diversões, uma vez que dessa forma arrecadariam uma verba mais avultada.
Contactado pelo REGIÃO DE CISTER, Hélder da Fonte, presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros de São Martinho do Porto, considera “não haver razão para tanto alarido”, afirmando “não compreender as queixas”.
“Mesmo não sendo o nosso dever, arranjámos duas soluções alternativas para parque de estacionamento: uma à entrada da vila, junto do antigo restaurante Pyrâmide, que tem capacidade para o dobro dos veículos em comparação ao antigo parque, e a outra solução, que vai começar a funcionar a partir do dia 22 de julho, foi proposta por um empresário, que nos cedeu um terreno entre o parque de campismo e o restaurante-café Granada”, esclareceu Hélder da Fonte.
O dirigente garante que o horário está a ser cumprido à risca, lamentando que “as pessoas que vêm passar duas semanas a São Martinho do Porto não percebam que os Bombeiros trabalham todo o ano e precisam de arranjar soluções para a falta de verbas que necessitam”.