A família da Associação Alcobacense de Cultura e Desporto (AACD) está a crescer a olhos vistos e os números comprovam-no. Em três anos, o clube duplicou o número de atletas inscritos e reiterou a aposta nos escalões de formação.
A família da Associação Alcobacense de Cultura e Desporto (AACD) está a crescer a olhos vistos e os números comprovam-no. Em três anos, o clube duplicou o número de atletas inscritos e reiterou a aposta nos escalões de formação. O objetivo é “dentro de dois a três anos”, voltar a ter todos os escalões competitivos e, por essa via, assegurar que a equipa sénior seja abastecida por atletas made in Alcobaça.
Em 2017/2018, o clube contabiliza 81 atletas inscritos nos escalões de iniciação, bambis, escolares A e B, sub-15, seniores e veteranos, a que se acrescentam ainda 60 atletas da patinagem artística nos diversos escalões. Na época anterior, a popular AACD tinha 57 atletas inscritos e em 2015/16 apenas 48, o que revela um crescimento exponencial para a temporada corrente e anima os dirigentes.
O crescimento do número de praticantes e de equipas “era um dos objetivos da Direção”, assume o presidente Joaquim Franquinho. “Conseguimos em dois anos duplicar o número de atletas e este é o caminho. O objetivo é termos prata da casa nos seniores, sem ter de ir buscar atletas fora”, assume o responsável, lamentando o fim da equipa de juniores “com atletas formados no clube” há duas épocas. “Infelizmente, vai demorar para voltarmos a ter uma equipa desse escalão, mas não vamos desistir”, assevera Joaquim Franquinho.
Para o coordenador-técnico do clube, Gonçalo Coelho, a AACD “está no bom caminho, devido ao fruto do trabalho de muitas pessoas que estão envolvidas neste projeto”.
“Este é um projeto a longo prazo. Gostava daqui a três/quatro anos voltar a ter todos os escalões de formação e potenciar a equipa sénior”, antevê o técnico da equipa sénior que subiu à 2.ª Divisão nacional. O treinador pretende nos próximos anos “tentar ter mais rigor e critério” no treino e na captação de atletas, por forma a melhorar o ensino da modalidade e que “os resultados possam aparecer mais facilmente, tal como já começam a aparecer”.
Para aumentar o número de atletas nos escalões jovens o clube encetou uma estratégia de aproximação a outras entidades. “Temos parcerias com instituições do concelho, nomeadamente o CBES da Maiorga e ‘O Ninho’. Com esses protocolos, os mais pequenos têm iniciação à patinagem de forma gratuita. Estamos a falar de cerca de 60 crianças. Se dessas ficarmos com algumas captadas para o hóquei em patins ou para a patinagem tanto melhor”, frisa o presidente da Direção da Alcobacense.
Joaquim Franquinho nota que o principal objetivo do clube “é formar homens e mulheres e depois bons atletas”, pelo que os resultados desportivos não são a prioridade. Com exceção dos seniores, claro está, que estão no escalão secundário do hóquei nacional. “Queremos que os nossos atletas sejam grandes homens e mulheres, com princípios bem definidos. Se forem grandes jogadores, tanto melhor. Se tivermos uma equipa campeã ou atletas nas seleções ainda melhor”, remata o presidente.
Para o técnico Gonçalo Coelho, a equipa sénior é “a verdadeira locomotiva do clube”. “Os seniores têm sido um exemplo. Subimos de divisão na época passada e espero manter a equipa nesse escalão durante muitos anos”, nota o técnico Gonçalo Coelho, que define assim o jogador formado em Alcobaça: “é um atleta com muito caráter, humildade e vontade de aprender”. Com este discurso fica mais fácil fazer o caminho.
Aprender a patinar para depois saber como stickar
Rodrigo Correia já tinha praticado hóquei, mas um problema nos joelhos fê-lo interromper a atividade. Com 10 anos, voltou à AACD e já é o jogador há mais anos na formação do clube. “Representar a Alcobacense é um orgulho e sinto que tenho de dar o meu melhor”, diz o hoquista, que cumpre a quarta época seguida no clube, que tem um sonho: “gostava de representar o clube na 1.ª Divisão”.
Antes de saber stickar é preciso aprender a patinar. É o que João Silva faz há dois anos. O atleta mais jovem da Alcobacense, com apenas 5 anos, gosta “mais de jogar à defesa”, mas já obteve a maior vitória: praticar desporto com um sorriso nos lábios.