O Mosteiro de Alcobaça registou, em 2018, uma queda de 14,9% no número de visitantes, o que representa uma descida de quase 39 mil entradas pagas, segundo dados publicados da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC).
O Mosteiro de Alcobaça registou, em 2018, uma queda de 14,9% no número de visitantes, o que representa uma descida de quase 39 mil entradas pagas, segundo dados publicados da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC).
O monumento passou de 260.429 visitantes em 2017 para 221.685 no ano passado, contrariando a tendência de subida que se fazia sentir desde, pelo menos, 2014, ano em que há estatísticas oficiais. “O ano de 2017 registou uma taxa de crescimento anormal do número de visitantes, o que esteve diretamente relacionado com a proximidade geográfica de Fátima. Com as comemorações do Centenário das Aparições e a visita do Papa, sobretudo no período de maio a outubro, houve, de facto, um acréscimo exponencial de visitantes portugueses e estrangeiros à região Centro e, em particular, aos monumentos que integram rotas de peregrinação, nomeadamente, de culto Mariano, como é o caso do Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça”, esclareceu ao REGIÃO DE CISTER a diretora do Mosteiro de Alcobaça. Além disso, Ana Pagará realça que “o número de entradas pagas em 2018 é bastante menor que 2017 mas aproximado ao de 2016, com uma diferença de apenas menos 5 mil visitantes, quebra que seguiu a tendência geral, verificada no país”.
Além disso, “a igreja, espaço de maior atração do monumento, sobretudo por causa dos túmulos de D. Pedro e de D. Inês, continua a ser de entrada gratuita”, recorda a diretora do monumento, notando que “o número real de visitantes que apenas visita a igreja estará muito próximo dos anos anteriores”. Ana Pagará prevê ainda que a instalação da nova portaria na Ala Norte “irá aproximar os números de ingresso daqueles que se registaram em 2016”.
A queda de entradas no Mosteiro cisterciense acompanha a tendência nacional, tendo a DGPC registado uma variação negativa de 7,78% nos monumentos, museus e palácios que tutela. Se a mesma análise for restrita aos monumentos, onde o Mosteiro de Alcobaça se insere, a descida é ainda mais abruta, registando-se uma variação negativa de 11,24%.
Depois do Mosteiro dos Jerónimos (1.079.459 entradas) e da Torre de Belém (450.546), que registaram igualmente perdas de visitantes, o terceiro espaço sob a tutela da DGPC mais visitado foi o Mosteiro da Batalha (407.950), seguindo-se o Convento de Cristo (348.510), em Tomar, e o Mosteiro de Alcobaça (221.685). Apesar de ser o último da tabela, apenas o Panteão Nacional conseguiu ver o número de entradas crescer, no ano passado, em 10,1% com 165.049 visitantes.