A 12 de março de 2013 nascia o Coro da Banda de Alcobaça, formado por um conjunto de populares que tinha em comum o gosto pela música e o sentido de união.
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Uma década depois, o grupo vocal celebra uma série de conquistas e de desafios, num concerto apresentado no Refeitório do Mosteiro de Alcobaça, no passado domingo, que contou com a participação especial do Coro do Orfeão.
“Tem sido uma grande jornada. O coro começou com um grupo muito pequeno e aos poucos foi crescendo. No início chegámos a fazer concertos com 14 elementos e neste momento temos 45”, sublinha a maestrina, em declarações ao REGIÃO DE CISTER. “Ser apenas um coro para passar algum tempo nunca foi a nossa pretensão. O nosso objetivo, acima de tudo, é artístico e, ao longo destes dez anos, fomos definindo metas a curto, médio, mas especialmente a longo prazo”, acrescenta Vera Santos.
Entre os momentos mais marcantes desta jornada, a diretora artística destaca o primeiro concerto no Cistermúsica em nome próprio, no ano de 2019. “Até à data tínhamos feito apenas pequenas participações aqui e ali e essa atuação veio, de certa forma, validar o nosso trabalho, até porque recebemos um feedback muito positivo”, adianta. O regresso pós-covid também foi um dos períodos mais desafiantes para o coro, que perdeu temporariamente alguns dos seus elementos, principalmente de idades mais avançadas, devido ao risco de contágio.
O Coro da Banda de Alcobaça apresenta um repertório eclético e variado, que vai desde a música sacra à música tradicional portuguesa e a temas contemporâneos da música popular, que é adaptado conforme a ocasião. Depois do concerto comemorativo do seu 10.º aniversário, a formação coral vai começar a preparar a performance da próxima edição do Cistermúsica, que promete ficar para a história da próxima década do grupo vocal. Atualmente o coro é constituído por membros com idades compreendidas entre os 10 e os 75 anos. “É uma vantagem e acaba por haver uma relação intergeracional incrível. Temos várias famílias e, muitas vezes, os filhos ajudam os pais a ler a partitura. Há muita entreajuda e isso é fantástico”, relata Vera Santos.
Quanto às próximas décadas, não se sabe o que o futuro reserva, mas há expetativas. “Gostava de continuar a ver o mesmo espírito de equipa e de união, a mesma familiaridade, os mesmos sorrisos e a mesma vontade… e também mais homens a cantar, já que o grupo é constituído maioritariamente por mulheres”, avança a maestrina.
As “portas” do coro estão sempre abertas. São bem-vindos todos aqueles que partilhem os valores do grupo e não é necessário ter formação musical.