Herman Alves lançou o livro infantil “Olá Burrito”, nesta segunda-feira, em Porto de Mós. Baseado nas aventuras de infância do portomosense, que cedo emigrou com os seus pais para o Canadá, o conto infantil tem como protagonistas um burrito encantador e o seu amigo Hermi. Trata-se do primeiro livro de uma compilação de nove volumes de histórias de aventuras que tem em destaque o concelho de Porto de Mós.
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A ação deste primeiro volume desenvolve-se em São Bento, terra natal do autor, mas Hermi e o Burrito partirão em breve por uma aventura pelo mundo fora, numa alegoria à diáspora portuguesa, onde se encontrarão com personagens como Luther King, Gandhi ou John Lennon e, com eles, descobrirão o “segredo da vida”.
A obra foi escrita em português, mas está também traduzida em inglês e francês. A publicação que contou com o apoio do Município de Porto de Mós tem ilustrações de Angelina Pereira e edição e grafismo de Ernesto Matos. De cariz solidário, as verbas da venda deste livro irão reverter a favor de um refúgio de animais em vias de extinção, que está a ser construído na freguesia de São Bento.
O local escolhido para a apresentação d’”O Burrito” foi a Praceta Arménio Marques que recebeu no ano de 2020 o primeiro de 25 murais de um projeto internacional de homenagem ao centenário de Amália Rodrigues da iniciativa de Herman Alves que é também o autor do livro “Breaking Stones”, lançado em 2011.
É também neste local que estará ainda estacionado o Doppellecker, um autocarro de dois andares de 1959, que durante décadas transportou passageiros pelas ruas de Berlim.
O autocarro azul e branco, que tem agora como proprietários um casal de alemães, partiu de Berlim em direção a Santiago de Compostela, tem tido depois diversas paragens por Portugal.
A última foi no Sítio da Nazaré, local onde conheceram Herman Alves.
No autocarro, transformado agora em café, encontra-se, até ao final desta semana, disponível para venda o livro “O Burrito”, havendo também a possibilidade de encontros com o autor.
“O Doppellecker – nome que joga com as expressões alemãs quase homógrafas e homófonas para ‘duplo deck’ e ‘duplamente delicioso’-, exibe-se agora bem mais cómodo, com bancos de estofo vermelho dispostos frente a frente, muitas molduras nas paredes, candeeiros e caixas de música nas mesas e janelas, e louças coloridas que vão diminuindo de tamanho para se ajustar ao gosto dos clientes, que, de França até Portugal, querem o café cada vez mais pequeno e a dose de açúcar cada vez maior”, pode ler-se numa nota de imprensa.