O número de dádivas de sangue na Associação de Dadores Benévolos de Sangue do Concelho de Alcobaça atingiu um dos piores valores em 2023, tendo-se verificado 848 doações de sangue nas colheitas organizadas pela associação. De acordo com informação explanada na sede social da associação, o número de dádivas no último ano foi francamente baixo, sendo o pior registo dos últimos 21 anos, em que houve apenas 829 doações.
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Segundo um gráfico que retrata a evolução do número de dádivas naquele local, o melhor registo foi alcançado em 2009, ano em que foram realizadas mais de 2.240 colheitas de sangue. Entre 2007 e 2011, aquele organismo recebeu mais de 2 mil doações em cada ano, descrescendo na década seguinte, na qual o número de doações tem vindo a baixar ano após ano.
Nos últimos três anos em análise, a Associação de Dadores Benévolos de Sangue do Concelho de Alcobaça baixou a fasquia das mil colheitas por ano, registo que não se verificava desde o ano 1997 (935 doações) e que é também justificado pela pandemia, que abalou a saúde pública e levou ao menor número de colheitas.
Nos primeiros meses deste ano, o Instituto Português do Sangue e da Transplantação e a Federação Portuguesa de Dadores Benévolos de Sangue apelaram a comunidade “elegível” para a dádiva de sangue de forma a reduzir as baixas reservas existentes em quatro grupos sanguíneos.
Em Portugal, segundo dados mais recentes do Instituto Português do Sangue e da Transplantação, registou-se uma diminuição no dadores que efetuaram dádivas, de 204 088 (em 2021) para 203 287 (em 2022).
Também o número de dádivas, em 2021 (310 727), foi inferior ao apurado, em 2022 (306 796).