Alcobaça ganhou um novo espaço cultural com a inauguração do Atelier Galeria Cheila Peças. Com um conceito multidisciplinar, o espaço localizado na Rua Dr. Brilhante expõe obras de artistas emergentes, “com o intuito de estabelecer uma linguagem entre as obras”, procurando “uma união entre diferentes olhares sobre o mundo”, revela a nota de imprensa do ateliê.
Alcobaça ganhou um novo espaço cultural com a inauguração do Atelier Galeria Cheila Peças. Com um conceito multidisciplinar, o espaço localizado na Rua Dr. Brilhante expõe obras de artistas emergentes, “com o intuito de estabelecer uma linguagem entre as obras”, procurando “uma união entre diferentes olhares sobre o mundo”, revela a nota de imprensa do ateliê.
“O projeto surgiu há cerca de dois anos, foi adiado devido à pandemia que estamos a viver e é o resultado de um longo percurso académico”, adianta Cheila Peças, em declarações ao REGIÃO DE CISTER. “O meu grande objetivo é desenvolver através deste espaço um projeto social, de inclusão através das artes”, acrescenta a alcobacense, revelando que pretende colocar em prática o projeto de doutoramento sobre o autismo, que se encontra a desenvolver na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa.
Com o intuito de estabelecer uma linguagem entre as obras, o conceito do Atelier Galeria Cheila Peças “procura uma união entre diferentes olhares sobre o mundo que nos rodeia cedendo a metamorfoses e reinventando-se ao longo do tempo”.
A abertura do espaço foi assinalada com a inauguração da exposição “O que contam os teus olhos”. Com a curadoria de Cheila Peças, a exposição tem a participação dos artistas Carla Caroça, Engrácia Cardoso, Joanna Latka, João Gama, Marcela Manso, Marina Mourão, Silvestre Quizembe e Vieira Pereira.
“O que contam os teus olhos” explora através da fotografia, da ilustração, da gravura e da instalação, as “emoções que invadem o interior do artista, que está exposto às permanentes mudanças que o rodeiam e é sensível aos estímulos que transcendem a matéria dos objetos”.
A unicidade de cada artista é privilegiada, já que as realidades da sua obra são múltiplas e “variam de acordo com a forma como cada sujeito decide encará-las”, lê-se na mesma nota à comunicação social, que releva ainda a importância da interpretação de cada artista, “que percebe que ninguém o poderá descobrir ou sentir da mesma forma que ele próprio se observa”.
A exposição coletiva estará patente até dia 5 de janeiro e pode ser visitada de quinta-feira a sábado, entre as 14 e as 18 horas. A entrada é livre.
Cheila Peças é licenciada em Artes Plásticas pela Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha, do Instituto Politécnico de Leiria, pós-graduada em Curadoria de Arte pela FCSH da Universidade Nova de Lisboa, Mestre em Educação Especial pela Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Instituto Politécnico de Leiria, em Ensino de Artes Visuais pela Universidade de Évora e em Pintura pelo mesmo estabelecimento de ensino superior.