“Quinta da Capeleira” é o nome da quinta onde está localizado o lagar de azeite, mas a partir do próximo ano será também o nome da nova marca de azeites da Casa Féteira. Depois do lançamento da “Vila Forte” há 12 anos, a empresa, sediada na Tremoceira, prepara-se para comercializar um azeite “mais gourmet” direcionado a clientes mais especializados.
“Quinta da Capeleira” é o nome da quinta onde está localizado o lagar de azeite, mas a partir do próximo ano será também o nome da nova marca de azeites da Casa Féteira. Depois do lançamento da “Vila Forte” há 12 anos, a empresa, sediada na Tremoceira, prepara-se para comercializar um azeite “mais gourmet” direcionado a clientes mais especializados.
“A nova marca de azeites será um produto para nichos de mercado, nomeadamente chefs de cozinha e lojas gourmet”, relata José Vieira, um dos sócios-gerentes da Casa Féteira. A empresa familiar, que já segue na 5.º geração, possui o único lagar de azeite em funcionamento na freguesia de Pedreiras (há 50 anos eram 7), sendo hoje uma referência do setor na região com produtos de qualidade e inovadores.
O lagar de azeite da família Féteira terá iniciado atividade em 1912 através do labor de José Féteira, bisavô dos atuais quatro sócios da empresa agrícola proprietária do lagar. Há 12 anos, depois de constituída a sociedade agroindustrial para dar continuidade à produção de azeite, o lagar foi totalmente remodelado, quer a nível das instalações quer a nível tecnológico. Mais recentemente, em 2017, a empresa procedeu a nova remodelação do lagar, de forma a aumentar a capacidade produtiva, para dar resposta ao crescente número de olivicultores que utilizavam os seus serviços. No total, entre as remodelações no olival e na produção, a empresa já investiu cerca de um milhão de euros. “Antes de alterarmos as máquinas conseguíamos moer cerca de 1000 quilos/hora, agora é possível moer mais de 3.000 quilos/hora, ou seja, triplicámos a produção”, informa José Vieira. No lagar da Casa Féteira só se produz azeite virgem e azeite virgem extra (o melhor dos melhores). “Não há processos químicos, só há processos mecânicos”, reitera o empresário.
Atingindo uma produção anual de mais de 30 mil litros, com as remodelações, o lagar da Casa Féteira passou a trabalhar durante todo o ano. Isto porque, além das prestações de serviço, no período da campanha da azeitona, geralmente de outubro a dezembro, que permite aos produtores da região laborarem a sua azeitona nas instalações da Casa Féteira, a empresa passou a comercializar os seus próprios produtos. E se no ano passado a campanha foi a melhor dos últimos 30 anos, produzindo-se na Casa Féteira 170 mil litros de azeite, o que representa 1.500 toneladas de azeitona, se este ano chegarmos a 300 toneladas de azeitona “já será bom”.
Com 6 hectares de olival em produção, a empresa estreou o Vila Forte no mercado com garrafões de 5 litros. Evoluiu depois para embalagens de 3 litros, 2 litros, garrafas, latas e, mais recentemente, para bag in box.
O próximo produto a ser lançado será um galheteiro para restaurantes, cujo suporte está a ser produzido com louça da freguesia, em parceria com a Vasicol, outra empresa da freguesia. Outro sucesso de vendas são os Biscoitos de azeite e canela Vila Forte. “Foi uma receita antiga que a minha mulher encontrou da avó e tendo começado com uma brincadeira tornou-se num produto muito cobiçado”, nota. Todos os produtos estão à venda diretamente na empresa ou em minimercados, mercearias, cooperativas e restaurantes da região Centro Oeste. A partir do próximo ano é ainda intenção dos sócios da Casa Féteira abrir uma loja no lagar.