Cinco meses após abrir portas, o atelier de azulejaria Arte Zen foi obrigado a encerrar devido à pandemia da Covid-19. No entanto, o confinamento inspirou a responsável a criar um painel de azulejos com mensagens de esperança, com a ajuda da comunidade, para embelezar o muro da antiga Escola Básica de Valado de Santa Quitéria.
Cinco meses após abrir portas, o atelier de azulejaria Arte Zen foi obrigado a encerrar devido à pandemia da Covid-19. No entanto, o confinamento inspirou a responsável a criar um painel de azulejos com mensagens de esperança, com a ajuda da comunidade, para embelezar o muro da antiga Escola Básica de Valado de Santa Quitéria.
O atelier, inaugurado em outubro do ano passado, é fruto de uma paixão com vários anos de Laura Mesquita. “Aos 19 anos comecei a pintar os azulejos e a paixão foi crescendo. Depois de vários anos decidi arriscar num negócio próprio e tornar a pintura de azulejos a minha atividade principal”, conta ao REGIÃO DE CISTER. O projeto instalou-se na antiga Escola Básica de Valado de Santa Quitéria depois de “quatro longos” meses de requalificação das instalações. “Os primeiros meses de atividade foram muito satisfatórios. Recebemos muitos visitantes, foi possível trabalhar com as crianças e realizar diferentes tipos de atividades. No entanto, o caminho foi interrompido pela pandemia”, lamenta.
Mas foi precisamente durante o confinamento que Laura Mesquita foi inspirada para um novo projeto, que veio dar “um novo fôlego” ao atelier. “Ao ver as frases positivas que as pessoas estavam a partilhar nas redes sociais no âmbito da pandemia tive a ideia de desafiar a comunidade a eternizar estas mensagens em azulejos, posteriormente afixados nos muros da antiga escola”, explica.
O desafio é para todas as idades, sendo o participante livre de partilhar a sua mensagem através de uma frase ou de um desenho. “Os mais pequeninos optam por desenhar, obviamente, mas a mensagem tem tanto impacto como a de um adulto. São mensagens de saudade, de esperança, cheias de positivismo e que aquecem o coração de quem visualiza os azulejos”, afirma.
A afluência tem sido bastante positiva e o atelier já conta com mais de uma centena de trabalhos em diversas línguas. “O primeiro contacto é feito no Facebook. Agendamos a visita para criar o azulejo, mas em caso de impossibilidade de deslocação podem enviar a frase e reproduzo e assino”, informa a responsável.
O projeto está agora na segunda fase que consiste no rebocar do muro para a instalação dos painéis.
“O desejo é preencher todo o muro com os painéis únicos por isso o desafio só termina quando for alcançado este objetivo. Mais que embelezar o espaço, o projeto quer transmitir positivismo e será um marco eterno”, conclui.