Junta de Turquel sem executivo após impasse político na tomada de posse

Nas eleições de 12 de outubro, a lista encabeçada por Sílvia Tereso venceu, obtendo mais 33 votos do que a candidatura independente, liderada por José Diogo, ex-presidente da junta. Na distribuição de mandatos na assembleia de freguesia, PSD e independentes ficaram, cada um, com quatro, enquanto o Chega garantiu um lugar.

Ao Região de Cister, Sílvia Tereso admitiu que a situação “não é inédita” e que “faz parte da realidade das autarquias quando não há maiorias absolutas”. “Os eleitos da oposição não votaram a favor, votaram em branco, depois de termos feito a votação em lista e depois nome a nome. Apelei ao bom senso, mas não havendo entendimento, os trabalhos pararam”, explicou. A presidente da Junta de Turquel acrescenta que “ainda não é tempo de negociar com a oposição”, preferindo aguardar pela próxima reunião da Assembleia, agendada para o próximo dia 12 de novembro.

Apesar das tentativas, não foi possível ouvir o cabeça de lista do movimento independente, José Diogo, até à data de fecho da edição.

Já Paulo Carvalho, o único eleito do Chega, mostra-se crítico do processo. “Lamento que o PSD tenha voltado atrás depois de haver negociação para formar executivo. Mostraram que não tiveram palavra e que não eram de confiança. Ainda assim, mantive-me disponível, mas à reunião quiseram propor um executivo só da lista deles. Escolheram o caminho errado”, afirmou. O eleito não revelará o seu sentido de voto e recebeu instruções do partido para não negociar. “Tenho pena e lamento muito o que se está a passar. Este cabeça de lista não está à venda”, sublinhou.

Caso não haja acordo entre as três força políticas representadas na assembleia de freguesia, os eleitores serão, de novo, chamados às urnas.