A beneditense Margarida Catarino não é engenheira civil, nem construtora, mas partiu, este sábado, para Cabo Verde com o objetivo de criar “pontes”.
A beneditense Margarida Catarino não é engenheira civil, nem construtora, mas partiu, este sábado, para Cabo Verde com o objetivo de criar “pontes”. “Pontes simbólicas entre povos e culturas”, explica a assistente social, que vai estar durante todo o mês de agosto em Calheta de São Miguel, na Ilha de Santiago, no âmbito do projeto de voluntariado “Ponte 2017 – Acolher o Toque da Missão”, organizado pelo movimento missionário de jovens católicos “Jovens Sem Fronteiras”.
Esta não é a primeira vez que a jovem, de 29 anos, se aventura num projeto de voluntariado. Em 2011, Margarida Catarino esteve em Angola. A “experiência única” que vivenciou levou-a a “atirar-se” de novo para o continente africano. Não sabe enumerar exatamente os motivos que a fazem partir, mas é a “partilha e a interação entre as pessoas” que a movem.
O projeto “Ponte” tem várias vertentes, entre as quais a educativa e cultural. A missão, que integra dez jovens portugueses e um padre missionário, permitirá aos voluntários dar aulas de língua portuguesa, música e informática a crianças, bem como formação a professores. “Mais do que o trabalho que fazemos, o mais importante é deixar meios para que as comunidades sejam autossuficientes e continuem a trabalhar”, defende a voluntária. Além disso, o projeto “Ponte” pretende abordar os assuntos de direitos humanos, educação para o desenvolvimento, apoio extraescolar, desporto, entreajuda e saúde.
Entretanto, Margarida Catarino tem recebido donativos de várias instituições, empresas e particulares. A assistente social destaca o apoio da Câmara de Alcobaça, que ofereceu um conjunto de materiais escolares e didáticos, de uma papelaria na Benedita, que entregou “muitos livros, cadernos e material” e das várias pessoas que doaram “flautas de bisel e guitarras”. “Tenho recebido muitos donativos, uma parte deles já foram em contentores para Cabo Verde”, refere a beneditense.
A voluntária pretende criar “pontes simbólicas” com a população num projeto que aposta na ligação entre povos.