A escassa oferta na região foi um dos motivos que levou Maria do Rosário Guilhermino a abrir a Casa de Repouso Energia e Vida, em Paio de Baixo, na União de Freguesias de Pataias e Martingança, uma estrutura residencial para pessoas idosas, a funcionar desde setembro.
A escassa oferta na região foi um dos motivos que levou Maria do Rosário Guilhermino a abrir a Casa de Repouso Energia e Vida, em Paio de Baixo, na União de Freguesias de Pataias e Martingança, uma estrutura residencial para pessoas idosas, a funcionar desde setembro.
Com capacidade para 17 seniores, a Energia e Vida surgiu também pela “paixão em ajudar os mais necessitados” sentida pela fundadora e sócia gerente, convicta de que “estruturas mais pequenas conseguem ser mais humanizadas”.
Maria do Rosário envolveu-se na “aventura” de construir a casa de repouso, “por forma a mudar um pouco a ideia de que os lares são depósitos de idosos”.
“Ainda que, infelizmente, esses locais existam, também há locais onde predomina o carinho, respeito e gratidão pelas gerações que nos trouxeram à sociedade de hoje com muito empenho e dedicação”, revela a gerente, que considera existir falta de respostas diferenciadoras no setor, no qual “a grande predominância são IPSS com capacidade para mais de 100 utentes num mesmo espaço”, o que, no seu entender, “cria um ambiente muito semelhante ao dos hospitais”.
A responsável da residência sénior de Paio de Baixo quer criar um ambiente familiar “e fazer com que cada dia valha a pena”. Maria do Rosário não tem dúvidas que o que marca a diferença no serviço prestado “é tudo o que desperte um sorriso, uma boa memória ou um obrigado”. Assim, acredita, os nove colaboradores da casa de repouso têm “inspiração e entusiasmo” para dar resposta às necessidades das pessoas de avançada idade.
A escolha de Paio de Baixo não foi casual. Maria do Rosário tem uma ligação sentimental à localidade, “que se encontra envelhecida e a necessitar de revitalização”. Por outro lado, explica a gerente, trata-se de um local perto das praias e de Fátima, que considera “pontos de referência importantes para o bem-estar da alma”.
O crescimento da casa de repouso em termos de capacidade não é descartada, mas a responsável quer assegurar primeiro que os 17 utentes distribuídos por quartos individuais, duplos e triplos “têm a máxima atenção possível”.
A sócia-gerente prefere não adiantar o valor do investimento efetuado, que diz ser “enorme tanto monetariamente como psicologicamente”. Maria do Rosário lembra que “infelizmente o Estado não apoia a construção deste tipo de residências”, o que considera ser “a razão principal para não existirem mais”.
Situada paredes meias com a natureza, a Casa de Repouso Energia e Vida, instalada num edifício moderno construído de raiz, oferece cuidados 24 horas por dia, serviços médicos e vários espaços de lazer.