Há 25 anos que um grupo de amigos de Alcobaça se junta no último sábado antes do Natal para um almoço – que normalmente se estende ao jantar –, para comemorar a amizade e o espírito natalício. As regras são simples: vestir-se de pai Natal, boa disposição e muitos brindes à amizade.
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“O primeiro almoço foi em 1997 no antigo restaurante Casa da Sofia, em Aljubarrota. Começou por ser um grupo pequeno de amigos – éramos uns oito – e com o passar dos anos mais gente se foi juntando à tradição“, explica o alcobacense Mário Cerol, um dos elementos do grupo que cumpre religiosamente esta tradição anual.
“Chegámos a fazer donativos a algumas instituições de Alcobaça com uma verba que acrescentávamos ao almoço”, lembra. “Um dos anos fomos para o restaurante numa camioneta das obras, noutro chegámos a ir de comboio do Natal para Aljubarrota e ainda chegámos a ir de autocarro para Coz”, acrescenta o alcobacense, que faz parte do grupo fundador do almoço dos pais Natais de Alcobaça. “É sempre um momento de grande alegria, porque muitos de nós nos voltamos a encontrar e é sempre uma grande animação”, confessa. “Passados 25 anos de fazermos este almoço, já há pais e filhos no mesmo almoço“, acrescenta o alcobacense. Num dos anos o almoço foi realizado no dia 24, que calhou ser um sábado. “É fácil perceber que não resultou”, atira Mário Cerol, explicando que desde então o almoço passou para o último sábado antes do dia 24 de dezembro.
Este ano, juntaram-se cerca de três dezenas de amigos, “os mesmos de sempre e outros mais novatos”. Na fotografia da praxe, captada na escadaria do Mosteiro, na Praça 25 de Abril, o grupo “apanhou” um casal, que tinha acabado de se casar e de batizar o filho, convidando-os a integrar a fotografia do almoço dos pais-natais, que se junta ao álbum de recordações do grupo com a etiqueta “25 anos do almoço dos pais Natais de Alcobaça”.
“Apesar das diferenças, fomos sempre unidos em prol deste evento, alguns já partiram e tantas e boas saudades nos deixaram”, partilhou Mário Cerol. “Já nos aguentamos menos, mas é uma tradição para manter enquanto pudermos”, assevera o comandante dos Bombeiros da Nazaré, entre risos. Chegou também a ser hábito o grupo de amigos assistir ao jogo do Ginásio e misturar-se com a claque “Raio Azul”. Hoje em dia, “já é mais calmo”, mas “intenso à mesma”.
Tanto que houve quem viesse diretamente de Paris (França), do Algarve ou de Lisboa para a cidade de Alcobaça para marcar presença naquele que é o almoço mais aguardado do ano por este grupo.