O número de visitas do Mosteiro de Alcobaça tem vindo a crescer desde o ano de 2020, quando a pandemia obrigou ao encerramento do monumento durante alguns meses.
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Nos últimos dados revelados pela Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), relativos a 2022, sobre os Museus, Monumentos e Palácios nacionais tutelados pela DGPC, constata-se que o Mosteiro de Alcobaça recebeu, no ano passado, 193.881 visitantes. Um número maior em relação ao ano anterior, mas longe do que registava antes da pandemia. É preciso recuar a 2014 (187.499 visitas) para encontrar um número próximo do registado em 2022.
No entanto, e como o Mosteiro tem um novo “circuito” de visita, há outro dado que deve ser analisado: o número de pessoas que visita apenas a igreja. Segundo a diretora do Mosteiro, são cerca de 127 mil.
Contas feitas, o ano de 2022 “ofereceu” ao Mosteiro um registo superior a 320 mil visitantes, dados muito positivos naquela que é considerada uma época de retoma após o período de pandemia.
Ao REGIÃO DE CISTER, a diretora do Mosteiro de Alcobaça sublinhou a importância destes indicadores. “Registámos um aumento de cerca de 128% de entradas pagas relativamente a 2021, o que mostra claramente a grande capacidade do Mosteiro de Alcobaça em recuperar público face a acontecimentos globais constrangedores de circulação das pessoas, como foi o caso da pandemia de Covid-19”. O Mosteiro de Alcobaça é, aliás, o equipamento que regista uma percentagem menor de diferencial (apenas -11,9%) relativamente a 2019 (ano de referência), confirmando “a sua maior sustentabilidade e menor dependência do turismo de grupos organizados, dado já observado durante os anos da pandemia”, assumiu Ana Pagará. Para a responsável, os números anunciados pela DGPC devem ser acrescentados aos que derivam da contabilização feita internamente: “O número apresentado (193.881) diz respeito apenas às entradas pagas, ou seja, ao número de visitantes que adquirem bilhete e fazem o circuito de visita completo (claustro, lugares regulares e igreja), uma vez que a igreja tem entrada livre, por se encontrar simultaneamente ao usufruto cultural”. Desde maio de 2021, com a abertura da nova receção, instalada agora na antiga portaria do Mosteiro, e a inversão do circuito de visita, começou a ser feita uma contabilização no número de pessoas que visita apenas a igreja, “representando a sua arquitetura e os túmulos de D. Pedro I e de Dona Inês de Castro os grandes atrativos do monumento”. “Em 2022, contabilizámos mais de 127 mil entradas só na igreja, o que, adicionado às entradas pagas, perfaz um total de visitantes muito significativo: perto de 321.000”, acrescentou.
Ainda de acordo com Ana Pagará, “em 2022, o aumento de entradas pagas (circuito de visita completo) subiu cerca de 60%, ao passo que as entradas livres (visita apenas à igreja) subiram 40%, o que permite ao visitante aprender os verdadeiros significados do monumento na sua maior amplitude possível”.