A ABA – Banda de Alcobaça, Associação de Artes vai promover o ressurgimento do Festival de Ópera de Óbidos, no âmbito de uma parceria estratégica com o Município de Óbidos, tendo também o apoio financeiro da Direção-Geral das Artes/Ministério da Cultura. A próxima edição do festival, que esteve inativo nos últimos anos, vai realizar-se entre os dias 8 e 17 do próximo mês, na Quinta das Janelas do século XVI, em Gaeiras.
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“Pretende-se dar uma nova vida a um festival que marcou toda uma geração de profissionais e melómanos, assumindo os parceiros, desde logo, uma forte vontade de promover um crescimento sustentável do festival que lhe permita integrar o circuito internacional da ópera”, avança a associação de artes, também responsável pela organização dos festivais Cistermúsica e Gravíssimo, em comunicado.
O programa vai celebrar “a força, a expressão e a resiliência das mulheres”, representadas através das “icónicas” e “desafiadoras” personagens de “Donna Anna”, “Carmen”, “Donna Elvira”, “Serpina” “Elle” ou “Violetta”.
A apresentação de “La Serva Padrona” (na fotografia), com música de Giovanni Battista Pergolesi e libreto de Antonio Federico Gennaro, vai abrir a programação do festival. Fazem ainda parte as óperas “Don Giovanni”, de Wolfgang Amadeus Mozart, e “A Voz Humana”, de Francis Poulenc, e a gala “Mulheres: Da Paixão à Inocência – uma Dança com o Destino”, que vai recordar, no encerramento do festival, algumas das principais árias de “Carmen”, de Georges Bizet, “Rigoletto” ou “La Traviatta”, de Giuseppe Verdi.
Os quatro espetáculos, que totalizam oito apresentações, serão interpretadas por alguns dos mais conceituados intérpretes nacionais e internacionais, tais como Carla Caramujo, Rita Marques, Luís Rodrigues, José Corvelo, Marília Zangrandi, Jeroboám Tejera e Christian Lujan, que serão acompanhados em palco pelo Coro do Festival de Ópera de Óbidos, dirigido por Filipa Palhares, e pelas Orquestras La Nave Va e Filarmónica Portuguesa, dirigidas por António Carrilho e Bruno Borralhinho, respetivamente.
A direção artística vai estar a cargo de André Cunha Leal, que espera que o festival “não só recupere a antiga glória”, mas que “também alcance novos patamares e aspirações internacionais”. Já Jorge Balça e Carlos Antunes são os responsáveis pela encenação e os figurinos da autoria de Nuno Esteves e Nuno Braz de Oliveira.