Primeiro trimestre de 2024. É este o (novo) prazo para que a Área de Localização Empresarial da Benedita (ALEB), agora denominada de Zona Empresarial Responsável da Benedita, esteja (finalmente) concluída.
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A garantia foi dada pelo presidente da Câmara de Alcobaça ao REGIÃO DE CISTER, à margem da reunião do executivo, que decorreu na passada segunda-feira. Hermínio Rodrigues justificou os motivos que levaram ao atraso da inauguração de uma das obras que, como o autarca defende, é uma das mais importantes do e para o concelho de Alcobaça. “A obra está no seu curso normal. Houve duas ou três situações mais complicadas ao nível da iluminação, mas que entretanto já foram resolvidas. Penso que teremos a obra totalmente concluída em março do próximo ano”, começou por dizer o presidente da Câmara de Alcobaça, garantindo estarem reunidas as condições para começar a contactar os empresários. “Temos vindo a ter contactos com vários empresários que têm demonstrado o seu interesse na aquisição de lotes na zona industrial. Estamos a falar de empresários locais, da área de influência da ALEB, como Benedita, Turquel, Vimeiro ou Évora de Alcobaça. Essa deve ser a primeira fase, pensar nessas pessoas e nessas empresas que possam fixar-se naquele espaço, que deve ser gerido pela Câmara de Alcobaça e Junta da Benedita, não quero terceiros”, avançou o social-democrata. Já com a avaliação dos terrenos, pretende-se agora “fechar a parte do regulamento” para que, depois de falar com todos os empresários, a Câmara possa abrir os procedimentos para a aquisição dos respetivos lotes. “Não tenho dúvida que o processo vai ser um sucesso”, aponta o autarca.
O lançamento da primeira pedra da ALEB aconteceu no dia 11 maio de 2021, era ainda Paulo Inácio o presidente da Câmara. À data, o custo da obra, que vai contemplar 76 lotes numa área de implementação de 111 mil metros quadrados na Quinta da Serra, junto ao IC2, estava cifrado em cerca de 7,5 milhões de euros. Agora, mais de dois anos depois, a empreitada deverá chegar aos 9 milhões de euros, como confirmou Hermínio Rodrigues.
O edil diz tratar-se “de uma das maiores obras de sempre de Alcobaça” e não tem dúvidas em afirmar que a ALEB vai permitir elevar ainda mais o potencial económico da Benedita e de Alcobaça. “Não tenho a menor dúvida de que esta obra vai permitir a fixação de empresas e jovens no território, o que é de extrema importância”, concluiu o chefe do executivo municipal.
Ao REGIÃO DE CISTER, os vereadores eleitos pelo PS mostram-se indignados com a ausência de dados relativamente a este assunto. “Não temos qualquer informação sobre o ponto de situação da ALEB. Já questionámos o presidente da Câmara sobre a questão dos loteamentos, se serão para vender ou alugar, mas até ao momento ainda não tivemos qualquer informação sobre o regulamento”, disse Carlos Guerra. O socialista questionou ainda “qual o modelo de gestão que está pensado”, assumindo que “o PS quer ser parte interessada na solução da zona industrial”. Para Carlos Guerra, é “urgente que o regulamento seja publicado para que todos possam analisar e tomar decisões”.