Com apenas “alguns” covais disponíveis, o cemitério dos Montes terá de ser alargado a curto prazo, reconhece, em declarações ao REGIÃO DE CISTER, o presidente da União de Freguesias de Coz, Alpedriz e Montes (UFCAM).
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O executivo liderado por Álvaro Santo tinha a ambição de fazer “uma grande obra” num terreno adquirido há cerca de dois anos para ampliar o cemitério. O objetivo era crescer para Nordeste, mas esse projeto fica, para já, na gaveta. Isto porque a propriedade, de 400 metros quadrados, é desnivelada, o que obriga a um maior esforço financeiro para a execução da obra. “Aterrar envolve mais dinheiro e mais tempo”, resume o autarca. A construção obrigaria a erguer vários muros de suporte ao longo da encosta, além do muro de vedação, um sistema semelhante ao do cemitério de Alcobaça.
A solução, por agora, está antes a Sul, junto ao estaleiro das instalações da Junta, onde o espaço permite acrescentar 20 covais. “Nos Montes isso dá para muitos anos”, garante o presidente da UFCAM. Álvaro Santo explica ainda que muitos optam pelo cemitério antigo de Alpedriz, que recebeu montenses até os Montes terem cemitério, já na década de 1990 do século passado, depois de criada a freguesia dos Montes, a partir da de Alpedriz, a 28 de agosto de 1989.
No velhinho cemitério de Alpedriz já não é possível adquirir espaço para sepulturas, mas os montenses têm sempre a opção de juntar-se aos familiares que já partiram. “Ainda há pouco tempo houve lá um funeral”, constata Álvaro Santo.
Apesar de o problema ficar solucionado para já, é preciso encontrar uma solução a longo termo. Para Álvaro Santo faz sentido a aquisição de outra propriedade, a Sul, que permitiria ao cemitério crescer sem necessidade de obras de avultado montante.
Antigo presidente da Junta dos Montes, José Catarino Fortes é também vizinho do cemitério dos Montes, que foi implementado na confluência da Rua das Sesmarias e da Rua do Cemitério. “A situação atual é preocupante”, considera o antigo autarca. José Catarino Fortes defende igualmente “uma solução mais barata e substancialmente mais equilibrada”, que passa pela aquisição do terreno com cerca de 5 mil metros quadrados, situado a Sul. O antigo autarca considera ainda que essa propriedade permite transferir a serventia e vedar todo o espaço entre o pavilhão e o cemitério, que José Catarino Fortes lembra terem sido adquiridos no seu mandato.
Catarino Fortes reclama a reparação da Rua do Cemitério, pedido que garante já ter endereçado à UFCAM. “Esta rua, que faz parte do principal circuito pedonal dos Montes, obriga as pessoas a prescindirem do mesmo, especialmente de inverno, pois quem trabalha sai às 17 horas e a essa hora torna-se perigoso ali passar não só pelo estado da rua, que entretanto abriu brechas que nunca foram tapadas, como pela ausência de luz”, uma situação que o antigo autarca acredita ficar solucionada com a colocação de quatro candeeiros de iluminação pública”.