O Centro de Cultura, Recreio e Desporto (CCRD) da Burinhosa está entregue aos cuidados de uma Comissão de Gestão desde o dia 11. A decisão foi tomada em assembleia geral, depois de duas sessões daquele órgão deliberativo sem quaisquer listas candidatas a suceder à equipa de Adelaide Raimundo, explicou ao REGIÃO DE CISTER a presidente da Mesa, Liliana Vitorino.
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A proposta, que foi aprovada por maioria com três abstenções, partiu do sócio Paulo Silva, que desafiou os seccionistas do futsal a assumirem os destinos da casa até ao final da época desportiva, que decorre até maio ou início de junho.
Joaquim Coutinho Duarte, Sérgio Soares, Eugénio Santos e Arménio Vieira compõem a equipa gestora do CCRD Burinhosa para os próximos meses. “É-lhes atribuída a responsabilidade de representar o clube perante as várias entidades e plenos poderes para abertura e/ou fechamento de conta bancária, para receitas e despesas do CCRD Burinhosa e abertura e/ou fechamento de conta poupança, transferências bancárias e demais atividades para gestão do CCRD Burinhosa”, lê-se na ata da reunião da Assembleia Geral de 11 de janeiro.
Na mesma sessão, foi aprovada a suspensão da antiga presidente da Direção, Marisa Monteiro, de sócia. Em causa o decorrer de um processo judicial “que adveio de ações passadas por parte da sócia” e “que levou a estas penhoras”, lê-se na proposta, que descreve ainda “evidências de abuso de poder e de confiança ao usar a assinatura de outros diretores para fins desconhecidos e não autorizados”.
À luz dos estatutos do clube, a suspensão impede a sócia de frequentar instalações do clube e mantém a obrigação do pagamento das quotas. A suspensão tem efeitos enquanto decorrer o processo judicial.
O problema arrasta-se desde dezembro de 2022, quando Paulo Dionísio, à época diretor desportivo, deixou o clube reclamando uma dívida de cerca de 40 mil euros resultante de quantias que o próprio terá adiantado, com a promessa de retorno, para pagar salários a jogadores, estadias, empresários, prémios de assinatura, entre outras despesas. Com ele saiu também o técnico José Feijão.
Em maio, em declarações ao REGIÃO DE CISTER, Paulo Dionísio anunciou que ia interpor um processo crime contra o clube. Com a ação na justiça e a saída de vários elementos do plantel, a temporada ficou manchada também com vários casos, acusações graves e contas chumbadas em assembleia geral
Apesar das tentativas, não foi possível ouvir a antiga presidente da Direção, agora suspensa da coletividade.
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