Foram 400 os operacionais que participaram, na passada sexta-feira, no exercício FIREX’24, que se desenvolveu em Fanhais e Valado dos Frades, no concelho da Nazaré, com o objetivo de reunir os meios de combate.
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Organizado pelo Comando Regional de Lisboa e Vale do Tejo, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, o exercício teve como anfitriões os Bombeiros Voluntários da Nazaré e juntou no terreno operacionais para testarem os meios que fazem parte do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR).
No exercício participaram os corpos de bombeiros da Região de Lisboa e Vale do Tejo, oriundos do Oeste, Grande Lisboa, Península de Setúbal, Lezíria do Tejo, Médio Tejo e também da região de Leiria, bem como operacionais do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, Guarda Nacional Republicana, Instituto Nacional de Emergência Médica, Polícia Judiciária e Sapadores Florestais, bem como, entidades como a E-redes, Altice e a Infraestruturas de Portugal.
O comandante dos Bombeiros da Nazaré faz um balanço positivo da iniciativa, que “deu para testar as forças, mas também para detetar lacunas e deficiências”. Mário Cerol destaca a interação e o conhecimento como aspetos fundamentais para quem está no terreno. “É para isto que os exercícios servem”, sublinha o operacional, que realça ainda “o interface rural, urbano e industrial”, referindo-se aos palcos onde se desenvolveu a atividade, que abrangeu a zona florestal em Fanhais, a evacuação do Centro Escolar de Valado dos Frades e de duas empresas daquela freguesia. Foi testada a resposta dos meios de socorro numa situação excecional decorrente de um incêndio rural, com impacto na área urbana. “Correu tudo dentro da normalidade, mesmo em empresas em que os funcionários não foram avisados do simulacro”, descreve o comandante.
Foi também ativada uma zona de concentração e apoio à população e simuladas situações de trauma, de emergência médica, de apoio psicológico e social e de resposta logística, com articulação de meios terrestres e aéreos.
Para o comandante regional de Lisboa e Vale do Tejo da ANEPC, “mais do que a própria movimentação de meios no teatro de operações, é importante a organização quer do posto de comando, com as suas diferentes células e núcleos, com as valências respetivas, para garantir a coordenação, quer a organização do teatro de operações, com a localização das diferentes infraestruturas”. Elísio Oliveira destaca ainda “o papel do cidadão, daí que seja treinada a evacuação para um ponto de abrigo”.
O exercício dinamizado na passada sexta-feira envolveu vários meios da Comunidade Intermunicipal do Oeste e da Câmara da Nazaré, nomeadamente com a presença de técnicos dos Serviços Municipais de Proteção Civil.