Vários moradores da Rua Nova da Areia denunciaram, na reunião de Câmara da passada segunda-feira, o problema de saúde pública que afeta aquela artéria da vila da Nazaré.
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Quando, há cerca de um mês, Anabela Vicente, antiga professora na Nazaré, comprou um apartamento de férias naquela rua, a residente em Alfeizerão não imaginava que estava a adquirir um imóvel numa rua invadida por gatos, com todos os inconvenientes para a saúde pública. “É um cheiro nauseabundo, excrementos na rua toda”, denunciou a proprietária. Outros três moradores acompanharam o protesto. “Não podemos ter uma janela aberta. É um cheiro que não se pode ali viver”, testemunhou a vizinha Odélia e moradora de longa data na rua. “Aqueles gatos deviam ir todos para um gatil, deve ser reforçada a limpeza e as gatas esterilizadas”, sugeriu Anabela Vicente.
Garantindo desconhecer o caso em concreto, que encaminhou para os técnicos da autarquia, o presidente da Câmara admitiu tratar-se de “uma questão muito complicada de resolver”. Manuel António Sequeira diz lamentar que “alguns munícipes alimentem os gatos”, o que complica a batalha do município. “Se gostam muito de gatos, vão buscar ao gatil municipal porque não é a alimentar gatos na rua que se resolve o problema”, sugeriu o vereador do pelouro, Salvador Formiga, que também disse desconhecer a situação dos gatos na Rua Nova da Areia.
Há um ano, a Câmara instalou abrigos para gatos nos locais onde existiam colónias. A iniciativa integra-se no programa de controlo de felinos errantes, através da campanha de captura, esterilização e devolução, através da qual os serviços municipais bem como as associações de proteção animal fazem uma observação contínua das colónias. Até à data, e no âmbito dos programas municipais para animais domésticos, foram esterilizados 50 gatos e cães, revelou o vereador.
Os problemas de saúde pública na Nazaré, denunciados na reunião do executivo não se esgotam naquela artéria. Dulce Silva, moradora na Rua de Santo António – que levou à reunião várias queixas devido ao ruído provocado por bares das imediações -, denunciou uma “praga de baratas no areal”. A munícipe falou em “milhares” de baratas, que surgem no areal da praia durante a noite e madrugada. “De dia não aparecem”, referiu Dulce Silva.
Salvador Formiga reconheceu o problema da praga de insetos na praia e anunciou uma desbaratização no areal, uma operação levada a cabo por uma empresa especializada, que estava prevista para a madrugada de ontem.