Sexta-feira, Abril 26, 2024
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Padre Ramiro Portela celebra 50 anos de sacerdócio

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Aos 30 anos, agora com 80, o jovem Ramiro Portela chegava ao concelho de Alcobaça. Mais precisamente a Aljubarrota. Nesta histórica vila, cumpria o sonho de ser padre. No passado domingo, a comunidade agradeceu-lhe a dedicação dos últimos 50 anos. Para que a memória perdure, à porta da Igreja de São Vicente, foi colocado um busto que perpetua a história deste homem, natural de Meirinhas (Pombal).

Aos 30 anos, agora com 80, o jovem Ramiro Portela chegava ao concelho de Alcobaça. Mais precisamente a Aljubarrota. Nesta histórica vila, cumpria o sonho de ser padre. No passado domingo, a comunidade agradeceu-lhe a dedicação dos últimos 50 anos. Para que a memória perdure, à porta da Igreja de São Vicente, foi colocado um busto que perpetua a história deste homem, natural de Meirinhas (Pombal).

Ramiro Portela foi ordenado padre em 1961. A 7 de agosto de 1965, começava a semear em Aljubarrota a sua vocação. A data foi assinalada domingo, na presença de centenas de fiéis e de Dom Serafim Ferreira e Silva, bispo emérito de Leiria/Fátima. Noémia Vicente foi a primeira menina que batizou, há 50 anos. Esteve presente. Aliás, é católica praticante e todas as semanas assiste e participa nas cerimónias religiosas. “É um bom homem e tudo o que lhe pedimos tenta concretizar”, salientou. Diferentes testemunhos de fé abraçaram o padre.

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Com apenas 14 anos, Ramiro Portela entrava no seminário. “Na ânsia de ser padre, tudo deixava para trás”, afirmou. E, assim, aconteceu. Foi ordenado no contexto do Concílio Vaticano II, que encarou como “tempos de graça especial, de mudança na liturgia, no estilo da Igreja, no modo de ser e de vestir dos padres”.

Quando chegou a Aljubarrota a sua preocupação foi remodelar os lugares de culto. “Alguns estavam muito degradados”, recordou o padre Ramiro Portela, acrescentando que outros foram construídos de raiz. 
Ao longo do último meio século, as obras nunca mais pararam. Algumas pessoas chamam Ramiro Portela de arquiteto, pela sua constante preocupação e atenção pelos lugares de culto. 

Para a comunidade, o padre Ramiro “tem sempre as melhores palavras”, como afirmou, durante as comemorações, Maria do Céu Guerra: “É incrível ver o trabalho que este homem desenvolve com 80 anos. Tem sido um grande obreiro dos movimentos da Igreja e todos sabemos que os escuteiros ocupam um lugar especial no seu coração”.

Enquanto José Lourenço, presidente da Junta de Aljubarrota, agradeceu a Deus o trabalho do padre junto da comunidade, Paulo Inácio, presidente da Câmara de Alcobaça, salientou que, possivelmente, quando Ramiro Portela chegou à vila não imaginaria que iria estar ligado, e em exclusivo, a esta comunidade ao longo de 50 anos.

O historiador Luís Rosa, de Aljubarrota, elogiou o trabalho que o padre Ramiro Portela tem prestado: “tem tido a sabedoria e habilidade de gerir esta comunidade tão dispersa, tornando todos os lugares como se fossem um só”. O também escritor opinou que a Câmara e a Junta fizeram bem ao colocar o busto em frente à Igreja, para que todos saibam que o padre Ramiro seguiu os caminhos da fé durante 50 anos em Aljubarrota.

Um dos momentos mais tocantes coube ao diácono Fábio Bernardino, da Ataíja de Cima, que, mais vez, referiu que foi com Ramiro Portela que aprendeu a ser padre.

Terminada a cerimónia religiosa, o padre Ramiro deixou um “abraço apertado” a toda a comunidade. Sempre que vai ao café, já tem o seu “cafezinho” pago. “Isto só prova o quanto é bom viver entre amigos. As atitudes quando partilhadas de coração são gratificantes”, testemunhou o prior, que agora tem um busto à entrada da Igreja de São Vicente. A obra de arte tem a assinatura de António Vidigal, à semelhança da estátua do Contestável.

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