A Fundação Vida Nova, sediada em Alcobaça, pretende implementar no ensino primário, a partir do próximo ano letivo, um novo modelo educacional, que batizou de “Escola Nova”.
A Fundação Vida Nova, sediada em Alcobaça, pretende implementar no ensino primário, a partir do próximo ano letivo, um novo modelo educacional, que batizou de “Escola Nova”.
O objetivo passa por “criar uma sala heterogénea – do 1.º ao 4.º ano –, com 20 crianças no máximo, trabalhando por projetos, sem manuais escolares”, explicou José Reis, presidente do Conselho de Administração da fundação, na reunião que ocorreu no início de abril, juntando mais de duas dezenas de pessoas, entre pais, professores e comunidade em geral. “O desafio é criar uma sala onde tudo se ensina explorando a natureza criativa das crianças, normalmente pouco valorizada no sistema educativo atual, devendo ser componente essencial no processo de aprendizagem”, reforçou Ana Reis, presidente do Conselho Executivo da instituição.
O ensino artístico seria assegurado pela Academia de Música de Alcobaça e as crianças “seriam incentivadas a aprender regularmente em comunidade”, tornando-as mais ativas e, consequentemente, “mais capazes”, sublinha o responsável. Neste sentido, formar-se-iam “crianças com melhores competências sociais, autonomia e pensamento crítico”, promovendo uma relação “mais próxima entre os pais e a escola”, nota Ana Reis, adiantando que o projeto brevemente será apresentado oficialmente ao Agrupamento de Escolas de Cister, para que no próximo ano letivo seja possível escolher um modelo educativo diferente.
Isto porque, o atual sistema de ensino “obriga” às crianças aprender as matérias através de manuais escolares, “aglomerando conhecimentos, mas sem muitas vezes os assimilar devidamente”, considera Júlio Reis. Baseado no Movimento da Escola Moderna, modelo pedagógico que tem sido gradualmente utilizado no ensino pré-escolar da Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS), o projeto caracteriza-se pela aprendizagem personalizada, ao ritmo de cada criança, fomentando a igualdade e o gosto pela partilha.