Depois de o Parlamento ter aprovado uma proposta no sentido de reconhecer os Jerónimos como panteão nacional, e a Câmara da Batalha reclamar o mesmo estatuto para o Mosteiro de Santa Maria da Vitória, o historiador Saul António Gomes propõe o alargamento desse reconhecimento ao Mosteiro de Alcobaça.
Depois de o Parlamento ter aprovado uma proposta no sentido de reconhecer os Jerónimos como panteão nacional, e a Câmara da Batalha reclamar o mesmo estatuto para o Mosteiro de Santa Maria da Vitória, o historiador Saul António Gomes propõe o alargamento desse reconhecimento ao Mosteiro de Alcobaça.
“Batalha e Alcobaça já são panteões régios e dinásticos. Não há razões para não existir equidade sobre estes lugares de memória, aos quais acrescento também o Convento de São Vicente de Fora, em Lisboa”, alega o historiador, para quem o reconhecimento destes monumentos como panteões nacionais “é uma questão de dignidade protocolar”,de “sentido de estado, orgulho nacional e de respeito pela memória dos nossos antepassados”. “Era bom que o País ficasse uniformizado nessa matéria”, acrescenta.
O presidente da Câmara de Alcobaça subscreve as palavras do historiador, uma vez que “faz sentido que o reconhecimento do estatuto de Panteão Nacional seja uniforme para todos”. Paulo Inácio assume que se a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), Ministério da Cultura, em conjugação com a Assembleia da República, aprovarem o estatuto para o Mosteiro da Batalha, onde estão sepultados quatro reis da Dinastia de Avis (D. João I, D. Afonso V, D. João II e D. Duarte) e a designada Ínclita Geração (infantes D. Henrique D. Pedro, D. João e D. Fernando), também “reinvidicará” o mesmo para o Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, que acolhe os restos mortais de D. Pedro I e de D. Inês de Castro.
A diretora do Mosteiro de Alcobaça, Ana Pagará, remete declarações para o futuro, tendo em conta que é “ainda muito cedo para prestar um depoimento sobre o assunto”.
Além do Panteão Nacional, que ocupa o edifício originalmente destinado para igreja de Santa Engrácia, em Lisboa, também a Igreja de Santa Cruz, em Coimbra, tem esse estatuto. Esse reconhecimento foi atribuído em 2003 e justificado com o facto de o templo acolher os túmulos de D. Afonso Henriques e de D. Sancho I.