O CEO da Australis Oil & Gas anunciou, esta segunda-feira, numa sessão de esclarecimento em Aljubarrota, que a subsidiária portuguesa pretende instalar a sede social no concelho de Alcobaça, caso a exploração de gás natural na concessão “Batalha” se revele comercialmente rentável.
O CEO da Australis Oil & Gas anunciou, esta segunda-feira, numa sessão de esclarecimento em Aljubarrota, que a subsidiária portuguesa pretende instalar a sede social no concelho de Alcobaça, caso a exploração de gás natural na concessão “Batalha” se revele comercialmente rentável.
Perante uma plateia de cerca de três dezenas de pessoas, Ian Lusted assegurou que esta medida pode trazer “contrapartidas financeiras” para a Câmara de Alcobaça de “dezenas de milhões de euros”, nomeadamente ao nível dos impostos locais. “Pretendemos dar benefícios à comunidade local e essa é uma das vantagens que podemos propor”, salientou o responsável.
Outro impacto do avanço do projeto prende-se com os reflexos diretos na economia local. A esse respeito, o empresário explicou que a construção de cada poço custa cerca de 10 milhões de dólares e que, durante as obras, estima-se que as empresas da região façam negócios na ordem dos 1,5 milhões de euros.
O representante da empresa australiana procurou sossegar as preocupações dos moradores, autarcas e ambientalistas presentes, assegurando que “não há intenção de avançar com o processo de fracking” e que os aquíferos “estarão protegidos”, pela forma como a empresa, que aguarda a conclusão do Estudo de Impacte Ambiental (EIA) para dar “novos passos” no projeto, procederá aos furos.
Caso o EIA seja favorável, a Australis estima realizar a prospeção no subsolo durante três meses, seguindo-se um período de testes de seis meses. “Depois desse período não há [trânsito de] camiões e o ruído fica restrito à zona do poço”, informou Ian Lusted, salientando que na prospeção não será utilizado o nitrogénio, também por questões de poluição sonora.
Presente na sessão, o presidente da Câmara de Alcobaça reiterou o que já tinha dito antes: a autarquia espera pela conclusão do EIA para “tomar uma posição definitiva” sobre o assunto. Paulo Inácio declarou, por outro lado, que se o projeto avançar é “óbvio que terá de haver contrapartidas importantes, nomeadamente com Aljubarrota”.