Quem entra no restaurante avista, de imediato, um grelhador. Se o prato for de carne, o cliente pode escolher a peça de carne que vem diretamente no talho, espaço adjacente ao restaurante. Pode, inclusive, assistir ao momento em que a carne está a grelhada. O restaurante Maria José, localizado em Chiqueda, bem juntinho à nascente do Rio Alcoa, é conhecido sobretudo pelos pratos de carne, quer pela sua qualidade, quer pelos pormenores da sua confeção.
Quem entra no restaurante avista, de imediato, um grelhador. Se o prato for de carne, o cliente pode escolher a peça de carne que vem diretamente no talho, espaço adjacente ao restaurante. Pode, inclusive, assistir ao momento em que a carne está a grelhada. O restaurante Maria José, localizado em Chiqueda, bem juntinho à nascente do Rio Alcoa, é conhecido sobretudo pelos pratos de carne, quer pela sua qualidade, quer pelos pormenores da sua confeção.
Foi em 1976 que Maria José abriu um talho em Chiqueda. Ainda antes, em 1966, a proprietária abrira um café mesmo ao lado, que ainda hoje em dia faz parte do espaço. Com um grelhador ao lado do talho, os clientes começaram a pedir para grelhar a carne.
“Quando a minha mãe começou a fazer grelhados, as pessoas compravam a carne no talho e pediam para colocar na grelha”, lembra António Luís, um dos filhos de Maria José. “As pessoas apareciam à tarde para comer uns petiscos. Começou com meia dúzia de pessoas e depois abriu mais salas” e, assim, começou a história do restaurante Maria José, ainda hoje designado com o mesmo nome. Inicialmente só trabalhavam com grelhados, tendo aberto mais tarde a cozinha que serve vários pratos do dia.
O legado foi passado aos três filhos da fundadora desta verdadeira “Casa com História” da nossa região: António Luís, Maria Helena e Leonel Carreira. “Felizmente não nos faltam clientes”, garante António Luís.
Embora nos primeiros tempos o restaurante apenas servisse carne de porco e de vaca, hoje também disponibiliza no cardápio carnes como… porco preto, javali, touro e vitela mirandesa. ”Preferimos dar prioridade à qualidade do que entrar na guerra dos preços”, afiança o empresário, convicto de que “nem todos estão dispostos a pagar um pouco mais por uma refeição”.
O que mais sai do grelhador são os “lagartos”, parte do porco preto que, embora tenha bastante gordura, é queimada sobre o calor, o que torna a carne suculenta. Mas também são famosos os secretos de porco preto.
O talho já tem menos movimento, embora ainda haja pessoas que “privilegiem” o espaço tradicional, nota António Luís. O restaurante é, por isso, o negócio que tem vindo a conquistar mais renome. Ao ponto de emigrantes portugueses em Paris ouvirem falar do restaurante, através de conterrâneos franceses, e virem sentar-se à mesa do restaurante quando vêm passar férias à região. Os estrangeiros residentes também já estão familiarizados com a casa: “vêm cá espanhóis, holandeses e ingleses”.
Certo é que a carne e, em particular, os grelhados são a grande especialidade do restaurante, mas o que torna esta casa verdadeiramente única é o seu ambiente familiar e tradicional.