Todd, Ruca e Mickey. Para a maioria das pessoas não passam de desenhos animados, mas para a pequena Bárbara, de 9 anos, são uma das grandes alegrias do dia-a-dia. A menina tem paralisia cerebral e entre a rotina diária de terapias intensivas e o 3.º ano de escolaridade, vai estar presente no Lameira Trail Run Solidário, que se realiza no próximo dia 20 de outubro, na Lameira (Aljubarrota), de onde a mãe, Sandra Silva, é natural.
Todd, Ruca e Mickey. Para a maioria das pessoas não passam de desenhos animados, mas para a pequena Bárbara, de 9 anos, são uma das grandes alegrias do dia-a-dia. A menina tem paralisia cerebral e entre a rotina diária de terapias intensivas e o 3.º ano de escolaridade, vai estar presente no Lameira Trail Run Solidário, que se realiza no próximo dia 20 de outubro, na Lameira (Aljubarrota), de onde a mãe, Sandra Silva, é natural.
Bárbara nasceu com paralisia por via de uma bactéria que a mãe havia acolhido durante a gravidez, mas nem por isso a força de viver se perdeu. Nem a de Bárbara, nem a dos pais, que, todos os dias, fazem questão de fazer crescer a campanha “Bárbara passo a passo” que dinamiza a recolha de tampinhas que mais tarde irão pagar as sessões de terapia que a criança faz em Braga, 4 meses por ano, e em Coimbra, nos restantes.
“Tudo o que mais quero é que as pessoas sejam com ela como são com as outras”, disse Sandra Silva ao REGIÃO DE CISTER, relembrando o primeiro abraço que Bárbara lhe deu, aos 4 anos, após muito trabalho nas terapias, direcionadas para os membros superiores. “Para a grande maioria dos pais é um dado adquirido, mas para mim teve um significado de extrema importância”, confessou, contando ainda o primeiro beijo que recebeu da menina.
Bárbara não usava a mão esquerda, mas agora recruta a mesma para segurar os objetos, libertando a mão direita para outras tarefas. Hoje o cenário é esperançoso pois “para além de ter começado a gatinhar aos 5 anos, já consegue aguentar 30 segundos com talas, agarrada às barras em pé” enaltece a progenitora.
A nível da fala os progressos não se têm dado e, por isso, arranjam-se outras alternativas para a comunicação. A Bárbara não consegue dizer qualquer palavra, mas faz-se entender através de gestos e de um programa de comunicação do tablet. No entanto, para a mãe, isso não é problema. “Ela é esperta e apercebe-se das coisas”, tanto que em casa até já “imita colegas da escola”.
Sandra Silva e Ricardo Camasão enfrentam uma luta diária para ajudar a filha e, para isso, até já se deslocaram a alguns países para procurar diferentes respostas para as necessidades da filha. Entretanto, conseguiram encontrar resposta em Portugal. Contudo, falta capacidade financeira para sustentar todos os custos.
É neste propósito que a Associação Lameirense organiza, pelo segundo ano consecutivo o trail solidário. E se no ano passado estiveram presentes 300 pessoas, para este ano Ana Alpearça, da Associação Lameirense, espera que o número possa atingir o meio milhar. “Estamos associados à causa porque, para além de angariarmos apoios para a associação, estamos também a ajudar uma ‘neta da terra’”, sublinhando que durante todo o ano a associação recebe tampinhas que irão ajudar a pequena Bárbara.
“Os custos anuais dos tratamentos da Bárbara excedem os 20 mil euros, mas só coma recolha das tampinhas conseguimos angariar mais de 10 mil euros que ajudam a custear as sessões”, ressalvou Sandra Silva, que, de momento, reside em Cantanhede.
A prova do próximo mês de outubro irá ser apadrinhada por Carlos Gonçalo e Diana Elias, de Évora de Alcobaça e Aljubarrota, que ao jornal se confessaram honrados pelo convite.
“Ainda não conheci a Bárbara, mas estou ansioso para estar com ela”, contou o atleta do CA Barreira. Por sua vez, Diana Silva destaca a importância de as pessoas “estarem associadas a estas causas”.
No final a grande vencedora será a pequena Bárbara.