Segunda-feira, Abril 28, 2025
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Procura de respostas faz crescer espiritismo na região

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O espiritismo ou a doutrina espírita define-se como uma ciência que estuda a origem, natureza e destinos dos espíritos, bem como as relações entre o mundo espiritual e o mundo “corpóreo”. Na região, esta é uma prática que tem vindo a conquistar a atenção da comunidade, que procura apoio, respostas ou apenas uma forma diferente de ver o mundo. 

O espiritismo ou a doutrina espírita define-se como uma ciência que estuda a origem, natureza e destinos dos espíritos, bem como as relações entre o mundo espiritual e o mundo “corpóreo”. Na região, esta é uma prática que tem vindo a conquistar a atenção da comunidade, que procura apoio, respostas ou apenas uma forma diferente de ver o mundo. 

“A maioria das pessoas quando ouve falar em espiritismo relaciona logo com sacerdotes, velas, sacramentos, curandeirismo e até bruxaria. Mas não podia estar mais longe da verdade”, revela Paula Venâncio, responsável pelo Centro Cultural Espírita de Alcobaça. De acordo com a “espírita”, esta ciência visa ajudar o Homem a melhorar-se e a crescer espiritualmente, através de “um percurso no qual se tornam clara a origem e o destino da vida humana”. 

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A prática da tolerância, do perdão e da compreensão pelo outro são “motores” para a transformação moral que se visa alcançar com esta ciência. Embora a doutrina considere importante dar liberdade para que cada elemento possa também fazer um percurso individual, existem princípios básicos que não podem ser descurados como a convicção da existência de Deus, da imortalidade da alma, da capacidade de comunicar com espíritos, da reencarnação e da pluralidade dos mundos habitados.

“A leitura é uma das ferramentas mais importantes para os praticantes do espiritismo. Existem vários livros, que ajudam a entender de uma forma muito assertiva em que consiste esta doutrina”, nota Paula Venâncio, que coordena o centro com a mãe.  

Foi precisamente em busca de uma doutrina com a qual se “identificasse, sem dúvidas sobre os ensinamentos ou sobre a pureza dos atos praticados” que a alcobacense visitou o primeiro centro espírita na região. “Tinha muito receio do que ia experienciar, mas foi verdadeiramente surpreendente. Identifiquei-me com a mensagem a um nível muito profundo e, algum tempo depois, decidi abrir o meu espaço para partilhar com a comunidade”, recorda.

O centro tem também grupos de trabalho dedicados a crianças e jovens e presta apoio social a famílias carenciadas com a doação de alimentos.  

Em Alcobaça, no Casal do Rei, esta doutrina é também estudada num outro grupo, a Associação de Cultura Espírita de Alcobaça, na qual são desenvolvidas palestras, conferências ou seminários, oficinas de trabalho, encontros de arte, grupos de estudos e até reuniões de intercâmbio espiritual. “O grande objetivo destas atividades não é o de tornar quem quer que seja espírita, mas sim o de levar todo este manancial de conhecimento que sustenta, esclarece, conforta e incentiva na nossa caminhada deixando à análise e reflexão de cada um.

Este processo é individual, o caminho é de cada um, mas podemos percorrê-lo auxiliando-nos mutuamente, partilhando as nossas dificuldades e as nossas conquistas, sublinha Leonor Leal, a coordenadora do grupo, referindo que todas as atividades são gratuitas. 

“Recebemos pessoas de todas as origens, idades, níveis de escolaridade ou condição social, e até com opções de fé diferentes”. Explica ainda que “os motivos que levam a esta busca são muito distintos, desde a morte de um familiar, a mediunidade sem conhecimento, períodos de desequilíbrio ou desajuste, à busca de autoconhecimento”.

Para a coordenadora, o “entendimento” que provém deste conhecimento permite “maior segurança e serenidade pois permite-nos perceber como nos posicionarmos melhor perante os desafios da vida indo ao encontro do que verdadeiramente somos”, o que motiva esta crescente busca.

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