Um mural com a imagem de Amália Rodrigues está a surpreender todos os que passam pela Praça Arménio Marques, na vila de Porto de Mós. A obra foi construída na parede lateral de um dos prédios, junto ao cine-teatro, graças a uma iniciativa de um empresário natural da freguesia de São Bento, do concelho de Porto de Mós, que imigrou há cerca de 50 anos para o Canadá
Um mural com a imagem de Amália Rodrigues está a surpreender todos os que passam pela Praça Arménio Marques, na vila de Porto de Mós. A obra foi construída na parede lateral de um dos prédios, junto ao cine-teatro, graças a uma iniciativa de um empresário natural da freguesia de São Bento, do concelho de Porto de Mós, que imigrou há cerca de 50 anos para o Canadá.
Hermínio Alves, que ficou conhecido por Herman após emigrar para a Alemanha nos anos 60, pretendeu com a execução deste mural “homenagear os emigrantes portugueses espalhados pelo mundo”, em particular a comunidade de Porto de Mós, e também“ promover a história e a cultura portuguesa em vários países”.
“Já tinha esta ideia pensada há algum tempo, mas entretanto com a pandemia, foi possível adiantar todo o processo”, refere o mecenas em declarações ao REGIÃO DE CISTER. A obra de Porto de Mós foi desenvolvida pelo também luso-canadiano Paulo Carreira, que por “sorte” se encontrava em Portugal e conseguiu concretizar o projeto.
Hermínio Alves juntou-se a outros luso-descendentes e pretende construir murais em países onde a comunidade portuguesa está representada. “O fado representa a saudade e a nostalgia e é exatamente o que sentimos em relação ao nosso País”, revela o emigrante. “Fazia sentido homenagear alguém que levou Portugal aos quatro cantos do mundo e que é símbolo da nossa cultura, no ano em que se comemora o centenário do seu nascimento”, acrescenta.
A imagem de Amália Rodrigues vai estar também em destaque em Montreal, cidade onde vive o empresário. Até final deste ano, as cidades de Champigny, em França, e New Bedford, no estado de Massachusetts dos Estados Unidos da América, também deverão receber um mural a homenagear os portugueses.
Mas Hermínio Alves não pretende ficar por aqui. Brasil, Angola, Moçambique, Cabo Verde e Macau serão os próximos países onde pretende deixar a marca de Portugal. “A ideia é, no futuro, realizar um concerto em direto de todos estes países, e em simultâneo, para ser transmitido online onde cada país promova a sua música e a sua cultura”, adianta.
Apesar de ter saído do País com apenas 11 anos, é em Portugal que Hermínio Alves se sente em casa. Ao longo destes 50 anos, o empresário já explorou no Canadá diferentes áreas profissionais, mas atualmente dedica-se à área imobiliária e à restauração. Além disso, gere o espaço cultural “Amália Lounge” onde organiza espetáculos.
Daqui a dois anos, quando se reformar, pretende viver em Portugal, a sua casa, seis meses por ano.