Parecia o primeiro domingo do mês, igual a tantos outros, mas era Dia de Todos os Santos, feriado nacional, num fim de semana em que o Governo limitou a circulação entre concelhos.
Parecia o primeiro domingo do mês, igual a tantos outros, mas era Dia de Todos os Santos, feriado nacional, num fim de semana em que o Governo limitou a circulação entre concelhos.
Ainda assim, o movimento da Feira das Velharias e de Artesanato de Porto de Mós no Jardim Municipal fez-se sentir. Não eram 16 horas e já os feirantes iam arrumando a mercadoria. Durante o dia estiveram presentes cerca de duas dezenas de feirantes, menos de metade do que é habitual.
“Em condições normais, sem limitações de circulação entre concelhos, e mesmo em época de pandemia, o espaço estaria cheio”, refere Luís Cardeira. “Alguns feirantes que chegam de regiões mais afastadas do País consideraram que não valeria a pena vir devido ao fraco movimento”, constatou o comerciante pisoense, que participa nesta feira mensal há mais de um ano.
No domingo, no Jardim Municipal circulavam apenas visitantes do concelho. João Morgado é da Ribeira de Cima e vai todos os meses àquela feira “dar uma volta, conviver e ver as antiguidades”.
Também as portomosenses Emília Rosário e Natália Caetano nunca falham esta mostra da vila. Ali se deslocam para “comprar flores, sair de casa e ver o movimento” e nem a pandemia as fez perder o hábito que começou assim que a feira teve início em Porto de Mós. “Sentimo-nos seguras”, sublinham.
Após uma suspensão que durou cerca de três meses devido à situação epidemiológica, a Feira das Velharias e de Artesanato e o Mercado de Produtos Locais, que acontece em paralelo na mesma data e no mesmo local, reabriram no início de junho, ao contrário do que aconteceu com outros certames similares na região.
“Esta feira realiza-se com todas as medidas de segurança necessárias e com uma equipa da Proteção Civil no local”, garante o e vereador dos pelouros de Desporto, Cultura, Turismo e Ambiente da Câmara de Porto de Mós em declarações ao REGIÃO DE CISTER. “Caso continuasse suspensa, a sobrevivência de muitas famílias estaria em causa, tendo como consequência problemáticas sociais muito graves e que depois seriam bem mais difíceis de resolver”, salienta Eduardo Amaral.
A Feira das Velharias e de Artesanato de Porto de Mós teve início há cerca de dois anos. Além das vertentes económica e cultural, foi pensada para ser um “polo de atração” e para “fixar pessoas” à vila e ao concelho de Porto de Mós.
A feira e o mercado de produtos locais, que tem como principal objetivo escoar a produção dos agricultores da região, realizam-se no primeiro domingo do mês e atraem centenas de visitantes de vários concelhos, assim como feirantes de diferentes zonas do País.