A Papelaria “O Trevo”, em Turquel, fechou em grande o ano de 2020 após entregar um prémio de 50 mil euros atribuído pela Lotaria Clássica de Natal a 57 pessoas. A sociedade de apostadores foi uma tradição criada há três anos pela… proprietária da papelaria.
A Papelaria “O Trevo”, em Turquel, fechou em grande o ano de 2020 após entregar um prémio de 50 mil euros atribuído pela Lotaria Clássica de Natal a 57 pessoas. A sociedade de apostadores foi uma tradição criada há três anos pela… proprietária da papelaria.
Rute Silva não tem por hábito investir na lotaria de Natal, no entanto, desde que abriu a papelaria em Turquel desafia alguns clientes a criar uma sociedade para adquirir algumas cautelas para o grande sorteio de Natal dos Jogos da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. “Quantos mais associados conseguir angariar maior será o número de cautelas que podemos adquirir. Não tenho por hábito participar no sorteio, mas todos juntos é mais engraçado”, confessa.
No dia 26 de dezembro, a sorte bateu mesmo à porta desta sociedade. “Estava a almoçar quando um dos participantes, que estava a assistir ao sorteio em direto, ligou muito entusiasmado. Nem quis acreditar… Todos nós brincamos com a possibilidade de uma vitória, mas quando acontece ficamos estupefactos”, graceja.
Do prémio de 50 mil euros, “apenas” 41 mil euros serão entregues aos apostadores, uma vez que 20% deste valor é subtraído pelo Governo. Através de outras cautelas foram ainda arrecadados mais 90 euros. “Cada um de nós vai receber cerca de 700 euros”, explica.
A maioria dos sócios é residente na freguesia de Turquel, o que torna o prémio ainda mais especial. “Atravessámos um ano muito difícil e sei que este prémio vai fazer a diferença na vida de muita gente. É uma forma de ajudar a comunidade de Turquel e isso enche-me de satisfação”, confessa.
Mas a maré de sorte não fica por aqui. Na Lotaria Clássica Extraordinária do Fim de Ano, os sócios arrecadaram três prémios no valor de 80 euros que foram investidos em cautelas para a Lotaria Clássica dos Reis. “Estamos a aproveitar ao máximo esta onda de boa sorte. Pode ser que não dê mais nada, mas a esperança é a última a morrer”, diz, ente risos.
Este é o segundo grande prémio conquistado através da Papelaria “O Trevo”. O espaço já vendeu uma raspadinha que premiou um cliente com uma renda mensal de 3 mil euros durante 14 anos (prémio total de 1,5 milhões de euros).
O prémio impulsionou a procura de jogos de sorte e azar. “As vendas cresceram e há muita gente a querer entrar para a sociedade. As pessoas acreditam que a casa traz sorte e a verdade é que nos últimos dias as raspadinhas trazem todas prémio.. mas isso já deve ser porque sinto-me mais positiva desde então”, conclui a proprietária da Trevo… de quatro folhas.