Quinta-feira, Maio 1, 2025
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Excedentes alimentares vendidos em “caixas mágicas”

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Estima-se que cada português desperdice em média 179 quilos de alimentos por ano. Ora porque ultrapassaram a data de validade, ora porque são “feios” ou, apenas, porque o consumidor não faz ideia de como integrá-los na alimentação. Mas, as mentalidades estão a mudar e na região há cada vez mais espaços comerciais a recorrer à aplicação “Too Good to Go”, que promete dar uma segunda vida aos excedentes alimentares.

Estima-se que cada português desperdice em média 179 quilos de alimentos por ano. Ora porque ultrapassaram a data de validade, ora porque são “feios” ou, apenas, porque o consumidor não faz ideia de como integrá-los na alimentação. Mas, as mentalidades estão a mudar e na região há cada vez mais espaços comerciais a recorrer à aplicação “Too Good to Go”, que promete dar uma segunda vida aos excedentes alimentares.

No ano de 2020, a popularidade da aplicação, que visa combater o desperdício alimentar, permitindo a compra de excedentes alimentares de estabelecimentos que, de outra forma, seriam depositados nos contentores, aumentou exponencialmente. Do lado das empresas, o objetivo é colocar à venda os produtos que são excedente no final do dia. Deste modo, podem amortizar o custo de produção e/ou obter receitas extra. Por sua vez, os clientes podem beneficiar de refeições com qualidade, mas a preços mais acessíveis.

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Como funciona? Na prática, os utilizadores reservam pela aplicação uma ‘magic box’ (caixa mágica), que será previamente preparada com os respetivos excedentes. Uma vez efetuado o pagamento, a ‘magic box’ pode ser levantada na hora indicada na app.

A loja Meu Super, na Vestiaria, foi a primeira na região a aderir à Too Good to Go há um ano e o balanço é “bastante positivo”. “Sempre fui contra o desperdício alimentar e procurava alternativas para evitar colocar no lixo alimentos bons, mas que não cumpriam parâmetros para venda”, conta a responsável ao REGIÃO DE CISTER. Nas caixas mágicas, o cliente encontra alimentos diversos como frutas, legumes, pão, iogurtes e até carne, cuja data de validade está próxima. “Felizmente está a ser ultrapassado o estigma da data de validade e o cliente começa a entender que pode congelar, de forma segura, alimentos cuja data termina no dia seguinte”, declara Ana Rita Rosa. O preço total dos artigos incluídos na caixa disponível é quatro vezes superior ao valor comercializado. “O valor total dos artigos é 12 euros e vendemos a 3,99 euros. Sem dúvida que o cliente sai a ganhar”, afirma.

Naquele espaço comercial, a procura pelas caixas mágicas aumentou cerca de 30% desde o início da pandemia e se os imigrantes foram os primeiros a aderir, agora a procura é generalizada. “Não é uma coisa apenas de pessoas carenciadas ou de amigos do ambiente. É transversal, pois toda a gente reconhece que faz a diferença no bolso e no planeta”, analisa a vestiariense. “No orçamento familiar faz a diferença e para aqueles que estão a atravessar uma fase desafiante, principalmente com crianças, é uma importante ajuda”, acrescenta.

Foi durante o primeiro confinamento, no passado mês de março, que Sofia Batista foi apresentada à aplicação “Too Good to Go”. A proprietária do minimercado “O Moinho”, em Turquel, confessa que a possibilidade de apoiar a comunidade foi o principal motivo para a adesão. “Tem sido uma aventura muito gratificante. Turquel é uma comunidade pequena e através desta aplicação sei que conseguimos ajudar famílias em dificuldade”, conta. A magic box inclui produtos no valor de 7,50 euros, mas é comercializada por 2,49 euros. “Coloco duas e há sempre procura. É uma situação benéfica para todos os envolvidos e torna-se ainda mais pertinente dada a situação que estamos a atravessar”, conclui.

Se está a pensar aderir a esta iniciativa, apresse-se, pois a procura está a ultrapassar a oferta…

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