Num local com uma vista de tirar o fôlego, nasceu, na Venda Nova, freguesia de São Martinho do Porto, o primeiro canal de televisão do concelho de Alcobaça. O programa piloto da São Martinho do Porto TV, que já tem espaço na Meo, foi para o ar no dia 13 de fevereiro.
Num local com uma vista de tirar o fôlego, nasceu, na Venda Nova, freguesia de São Martinho do Porto, o primeiro canal de televisão do concelho de Alcobaça. O programa piloto da São Martinho do Porto TV, que já tem espaço na Meo, foi para o ar no dia 13 de fevereiro.
A ideia surgiu a Pedro Silva há apenas dois meses. Inicialmente, o técnico de produção, e “amante incondicional da vila”, pensou apenas numa emissora de rádio, um projeto que tem desde a adolescência, mas a beleza da freguesia falou mais forte. “Era para ser só a rádio, mas temos aqui um sítio fantástico, que é preciso mostrar”, conta Pedro Silva, que é de Lisboa, mas está radicado há mais de 25 anos em São Martinho do Porto.
O projeto, que faz questão de dizer que é “de carolice”, arrancou “em tempo recorde” com todo o equipamento profissional e estúdios tão iguais a qualquer outro canal de televisão. Foi lá que recebeu Tino de Rans, um dos primeiros convidados da SMPTv, a que se juntou o comandante dos Bombeiros de São Martinho do Porto.
Todos os sábados vai para o ar o programa ADN, que procura dar voz aos empresários e responsáveis locais de instituições. A última edição contou com as presenças de um responsável da Fundação Manuel Francisco Clérigo, bem como o rosto do projeto das algas e o empresário beneditense dos ginásios Dino’s, que está a preparar um grande investimento para São Martinho do Porto. Na calha está também o programa “Agarra a música”, que vai pôr os participantes a cantar a partir de casa.
Com variadíssimos conhecimentos do mundo da música, Pedro Silva quer ainda levar ao écrã da SMPTv artistas do panorama nacional com regularidade, que poderão ser entrevistados remotamente.
“Este é um projeto para ajudar o comércio e o tecido económico da região”, garante o antigo técnico da SIC, que precisa “apenas que seja sustentável”, depois do investimento de cerca de 100 mil euros, que para ele, foi a fundo perdido. “Não é um projeto para ter lucro, mas tem de se pagar”, reconhece o mentor da ideia, que começou na parte inferior da sua moradia, mas que “precisa muito” de encontrar um espaço maior. O apelo vai, por isso, para “quem tenha um armazém ou outro espaço que possa dispensar para instalar os estúdios”, o que tanto pode ser em São Martinho, “o que seria ótimo”, como em Alfeizerão ou mesmo em Famalicão, já no vizinho concelho da Nazaré.”Procuramos uma alma caridosa que ceda as instalações. O resto nós fazemos”, explica Pedro Silva.
Na equipa contabilizam-se oito pessoas, que trabalham a “custo zero”. À exceção de Pedro, que é da área, mais nenhum dos colaboradores tinha qualquer experiência no ramo audiovisual e a maioria são pessoas que ele nunca tinha visto. “Conheci as apresentadoras na manhã de sábado”, exemplifica Pedro Silva, que se confessa muito confiante no trabalho do grupo.