Histórico! Seleção Nacional arrebatou um inédito 4.º lugar no Campeonato do Mundo, naquela que foi a melhor classificação de sempre na competição. Neste percurso que atingiu patamares únicos, houve um alfeizerense que contribuiu para catapultar quatro dos “heróis do mar”.
A edição digital é apenas para assinantes
Falamos de André Pinto, fisioterapeuta quem 2019 preparou Martim Costa, Salvador Salvador, Leonel Fernandes e Luís Frade na Seleção Nacional de sub-20. “O percurso dos ‘Heróis do Mar’ neste Mundial foi indescritível, algo que nunca mais vamos esquecer, uma vez que foi feita história. Viveu-se um sonho na Noruega”, regozijou o alfeizerense ao REGIÃO DE CISTER, garantindo que “o andebol português ter vindo a crescer nos últimos anos”.
“Após alguns bons resultados, chegámos a este Mundial com a crença de que íamos dar tudo e que podíamos fazer algo bom, mas também partíamos com alguma contestação pelas opções do selecionador”, analisou, referindo que Paulo Pereira “conhece muito bem os jogadores e “sabe o que pretende”.
“Foi essa consistência e experiência, aliada à irreverência dos mais jovens jogadores, que fez a diferença”, assegurou. Convidado pelo REGIÃO DE CISTER a recuar ao período que trabalhou com os quatro andebolistas da Seleção Nacional, André Pinto garantiu “já era notória uma qualidade imensa na maior parte dos jogadores”. “Muitos já eram figuras de relevo nos principais clubes nacionais [Benfica, Sporting, FC Porto, ABC Braga…].
Já se antecipava que iam ser grandes jogadores porque já faziam a diferença”, relembrou, notando que “era uma questão de manterem o foco e a forma de trabalhar”. “Não tinha dúvidas de que iriam ser brilhantes”. “Já tinham selo de campeões”, insurgiu.
Sobre histórias curiosas, vieram algumas à memória, uma das quais com o pivô Luís Frade (Barcelona): “quando íamos de estágio, tinha uma marquesa portátil e colocava a marquesa no quarto para os jogadores irem lá. Depois de um treino, o [Luís] Frade estava a queixar-se de uma dor nas costas e, atentar fazer uma manipulação, a marquesa acabou por se partir ao meio”, contou o alfeizerense, entre risos.
“Nunca me tinha acontecido partir uma marquesa a meio de um tratamento”, gracejou. Mas houve outras: “uma vez, durante um estágio, fui a um supermercado comprar alguma comida para um lanche para os atletas, mas estava sempre a receber mensagens deles com pedidos para levar mais comida do que aquela que estava inicialmente estipulada”, revelou.
Mais a sério, André Pinto enfatizou a importância de trajetos como este para reforça o crescimento da modalidade. “Vivi de perto o crescimento do andebol de formação e já nesse momento se estava a criar uma base muito sólida, que veio permitir o crescimento dos jovens atletas e que muitos deles sejam o que são agora.
Esta Seleção é uma geração de ouro e ainda faltam jogadores incríveis”, analisou, antecipando “um futuro brilhante para a Seleção Nacional”.
A presença nos quartos de final do Mundial já era o melhor registo português de sempre, pelo que o 4.º lugar alcançado ficará, desde logo, na primeira página do livro das melhores memórias. No entanto, e antes e ser uma realidade, houve um alfeizerense a dar o seu contributo.