Criada para responder às necessidades em 2019, abrindo ao público em 2020, a Aljutek é um exemplo de empresa que tem crescido “à boleia” do mercado imobiliário. Sediada em Aljubarrota, a empresa nasceu para colmatar uma vertente de negócio dos Armazéns São Silvestre, procurando cada vez mais ser uma solução global para os clientes.
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“A Aljutek nasceu fruto de uma necessidade de mercado que identificámos aqui na zona. Percebemos que havia procura por uma parte especializada na construção a seco e isolamentos térmicos”, começa por explicar um dos administradores da empresa.
A aposta neste segmento de negócio surge no seguimento da evolução dos próprios materiais e da exigência dos consumidores que, de forma crescente, procuram a sustentabilidade. “As pessoas atualmente preocupam-se mais com o conforto no interior das suas casas, e isso implica a maior consideração por isolamentos térmicos e melhoria de eficiência energética”, expõe Alexis Santos.
Apesar da conjuntura económica da população não estar “tão favorável como poderia estar”, a procura por melhores condições não tem diminuído porque continua a ser possível “fazer mais com menos”.
A remodelação de casas (provenientes de pais, tios ou avós, por exemplo) tem sido uma das soluções, substituindo a tradicional construção ou compra de habitação. “As pessoas começaram a perceber o potencial que as casas do avô, do tio, do primo têm. Na maioria das vezes, com menos recursos, conseguem requalificar uma casa, especialmente na parte interior, e ela fica espetacular para viver”, analisa.
Desta forma, “é possível ter uma vida de campo com o conforto de uma casa nova”, através da recapacitação “de casas velhas, em que, muitas vezes, quem requalifica gosta de manter a fachada à moda antiga, com pedra à vista”.
É nesta lógica que intervém a Aljutek, abastecendo os clientes do mercado imobiliário com materiais para revestir a parte interior das habitações. “Apostamos muito no pladur, nas placas de gesso, nos isolamentos em termos de lã mineral e lã de rocha.
Tipos de construção mais simples, mais fácil de aplicar, atendendo também à falta de mão de obra qualificada existente”, afirma o empresário em declarações ao REGIÃO DE CISTER.
As intervenções em estruturas mais antigas não são vistas apenas para a residência final, mas também como uma forma de obter um rendimento passivo, revitalizando imóveis em condições debilitadas com o intuito de lucrar a médio/longo prazo através de aluguer ou alojamento local.
Os jovens são cada vez mais “adeptos” desta metodologia de aproveitar o potencial de residências antigas, de acordo com o aljubarrotense de 34 anos. “Vê-se cada vez mais jovens a procurar essa solução”, vinca, enumerando os “custos mais baixos” e a mesma possibilidade de ter “qualidade de vida” como motivos. A fazer cinco anos desde que abriu ao público, a Aljutek segue a mesma filosofia dos Armazéns São Silvestre – empresa detida pelo mesmo proprietário.
“A nossa visão passa por sermos cada vez mais ‘360’. Queremos que o cliente tenha cada vez mais e melhores soluções, sendo acompanhado por nós desde o projeto até ao final da obra”, frisa Alexis Santos. Para o futuro, a Aljutek pretende aumentar o leque de materiais e soluções para o revestimento exterior.
“O nosso plano agora passa também por apostar em isolamentos térmicos exteriores como o capoto, cortiças projetadas e tudo o que dê mais conforto a partir do exterior. Gostava também de entrar no mercado do light steel framing e destes novos tipos de construção”, revela.
Seja na remodelação ou na construção, o crescimento da Aljutek à boleia do imobiliário tem sido evidente, sendo que o volume de negócios da empresa já ultrapassa os 300 mil euros.