Depois de quase duas décadas à frente da Paróquia de Pataias e da Paróquia de Alpedriz, o padre Virgílio Rocio está de saída nos próximos dias.
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Este sábado, a comunidade da Martingança vai organizar um almoço de despedida no salão da igreja.
No dia 9 de março, a missa é celebrada pelo novo pároco, Nuno Gil, às 15:30 horas em Alpedriz e às 17:30 horas em Pataias.
Nuno Gil, que assinala 50 anos em julho, é sacerdote há 23 anos. Em declarações ao REGIÃO DE CISTER, o padre Virgílio Rocio explica que “estas e muitas mais mudanças de padres inserem-se na reorganização da Diocese em Unidades Pastorais, em que se pretende maior espírito e dinamismo de partilha de recursos, tanto de padres como de leigos”.
Encara, por isso, “sem surpresa” a saída. O pároco, que esteve em Pataias durante mais tempo do que em qualquer outro local na sua vida profissional, vai agora assumir, com outros colegas, a Unidade Pastoral n.o
6, constituída pelas paróquias de Bidoeira, Milagres, Regueira de Pontes e Ortigosa, no município de Leiria.
O tempo que esteve nas paróquias do norte do concelho são descritas pelo sacerdote como “um tempo bom com muita simpatia das pessoas, belas celebrações e algumas realizações, certos desafios e muitas aprendizagens”.
Leva a experiência das “pessoas, acontecimentos, realizações, sítios… nada muito extraordinário, mas tudo muito significativo, interessante, valioso…”histórico”. Virgílio Rocio diz-se grato a todos os que o ajudaram a realizar a missão de pároco, “pela colaboração próxima, pela participação interessada e pelos desafios lançados… pela amizade, compreensão e apoio… e também pelas críticas honestas que muito ajudam à melhor consciência das realidades, à correção dos erros, ao estado de alerta e atenção, ao desassossego necessário para progredir”.
Fica com “pena” de não ter conseguido implementar alguns projetos de continuidade, como a pastoral do batismo, da família e litúrgica, o serviço aos mais pobres, doentes, indigentes ou a fundação e organização do Movimento da Mensagem de Fátima.
Esteve sozinho a liderar dez igrejas das Paróquias de Alpedriz e de Pataias, onde se contabilizam Pataias, Martingança, Burinhosa, Mélvoa, Pisões, Paredes da Vitória, Alpedriz, Montes, Ribeira do Pereiro e Moita, que, apesar de pertencer ao município da Marinha Grande, integra a Paróquia de Pataias. Já na vila, os serviços religiosos são regulares.
“Não é possível haver missa ao domingo em todas as igrejas”, disse o sacerdote em abril do ano passado. “Estou sozinho e procuro gerir conforme há possibilidade”, justificou, lembrando o tempo em que eram dois padres para Pataias e Alpedriz.
Depois disso, chegou a haver um capelão ao sábado e ao domingo, “mas devido às dificuldades não tem havido capelão habitual”, reconheceu o clérigo, que, no entanto, constata, com pesar, “que se criou o hábito de ter missa em cada igreja e esse é o sentido de uma comunidade fechada em si mesma”.