O alcobacense Bernardo Bento foi distinguido pela revista Forbes como um dos jovens mais promissores da Europa na prestigiada lista 30 Under 30. O reconhecimento surge na sequência de um percurso pouco convencional, que começou no marketing digital e culminou, nos últimos anos, com a criação da promotora imobiliária Planalto d’Azul, uma aposta ambiciosa que pretende transformar a Costa de Prata numa referência habitacional a nível nacional e internacional.
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“Curiosamente, já me tinha esquecido que tinha enviado a candidatura, por isso foi uma surpresa enorme quando recebi o e-mail da seleção. Um daqueles momentos que ficam para a vida”, confessa o jovem empreendedor, de 28 anos, ao REGIÃO DE CISTER. “É uma responsabilidade. Esta distinção não é um ponto de chegada, mas sim um ponto de partida para projetos ainda mais ambiciosos”, partilha.
O gosto por empreender surgiu ainda na adolescência, quando já criava pequenos negócios paralelos. “Desde miúdo que vendia coisas como computadores Apple importados ou softwares para calculadoras”, recorda. Mais tarde, estudou Gestão de Marketing e Marketing e Publicidade, e viria a trabalhar como freelancer para empresas norte-americanas. Essa experiência permitiu-lhe viajar por mais de 30 países, conhecer diferentes culturas e realidades de mercado, e adquirir competências que acabaram por se revelar valiosas. “Depois de realizar o sonho de ser nómada digital, decidi começar a investir em algo mais sólido, com impacto local e de longo prazo”, conta.
Inspirado pela experiência do avô no setor da construção, decidiu aplicar o conhecimento adquirido no mundo digital ao setor imobiliário. “Sempre gostei de casas. Lembro-me de jogar ‘Sims’ quando era mais novo para poder desenhar casas. O facto de perceber cedo que o imobiliário é um dos melhores veículos para a construção de património, também ajudou”, conta.
Foi, assim, que nasceu a Planalto d’Azul, uma promotora focada no desenvolvimento de projetos habitacionais com uma abordagem distinta: “A aposta forte vai ser posicionar cada empreendimento não como uma simples habitação, mas associar emoções reais e orgulho de pertencer a cada um deles. Cada empreendimento com uma identidade distinta que faça as pessoas quererem fazer parte.”
Apesar do crescimento de outras zonas do país, como o Algarve ou a região de Lisboa, Bernardo vê na Costa de Prata um potencial por explorar: “A Costa de Prata ainda tem muito que crescer e está atrás de muitas outras zonas do país, apesar de ter potencial para ser uma das mais procuradas. Quero fazer parte da mudança, promover a nossa zona fantástica a nível mundial e meter a Costa de Prata no mapa”.
Com um pensamento moldado pela experiência em mercados competitivos, o alcobacense defende que a inovação acontece quando se aplicam competências modernas em setores tradicionais.