Nazaré vai ganhar uma nova força cultural com a criação da Raidho, projeto que nasce do desejo de construir uma comunidade mais unida e participativa, onde a arte funciona como ponte de partilha e crescimento coletivo. A ideia partiu de quatro fundadores que partilham a mesma visão: tornar a cultura acessível, transformadora e
Este conteúdo é apenas para assinantes
O primeiro grande momento está já marcado. O Open Day de 18 de outubro, no Norpark, a partir das 14:30 horas, que assinalará o arranque oficial da programação, com aulas abertas de capoeira, artes performativas, afro dance hall, bachata, kizomba e salsa, funcionando como ponto de encontro entre professores, alunos e curiosos.
Segundo João Ramos, presidente da Direção, a Raidho nasceu “do desejo profundo de construir uma comunidade unida, onde a arte funciona como ponte de partilha, apoio mútuo e crescimento coletivo”. O professor acredita que a dança, o teatro e as artes performativas podem ser muito mais do que entretenimento. “Podem ser catalisadores de mudança social, incentivando o convívio e a criatividade”, defende.
O nome escolhido tem também um significado especial. “Raidho remete para a quinta runa do antigo alfabeto rúnico Futhark, símbolo de movimento, jornada e transformação. Mais do que uma referência histórica, é uma bússola que nos orienta no crescimento e na evolução através da arte”, explica o diretor, residente na Nazaré.
A associação prevê constituir-se formalmente como cooperativa até ao final do ano. João Ramos sublinha que, nesta etapa, o essencial é “divulgar o projeto, criar comunidade e dinamizar atividades que aproximem as pessoas”. A missão, garante, “é clara: promover, divulgar e ensinar dança e artes performativas, organizar eventos e apoiar todos os que se queiram juntar a esta família unida pela arte”.
A médio prazo, a Raidho pretende afirmar-se como espaço de referência cultural, capaz de organizar espetáculos e iniciativas que valorizem a vertente artística e social. “O nosso projeto assenta em cinco pilares fundamentais: educação e cultura, desenvolvimento físico e mental, ética e moralidade, tradição e inovação, e inclusão social. Queremos, através deles, desenvolver uma comunidade forte, coesa e mais feliz”, afirma o presidente.
O público-alvo são jovens e adultos que procuram nas artes performativas mais do que lazer. “Queremos criar um espaço para quem deseja aprender, mas também para quem quer viver a arte e a performance, seja no palco ou em sala de aula”, acrescenta João Ramos, lembrando que a associação é inclusiva e valoriza a diversidade como força criativa.
Quanto à sustentabilidade, o responsável adianta que o arranque será garantido pelo capital dos quatro fundadores, mas que, a médio prazo, a associação se apoiará em “aulas regulares, workshops e parcerias culturais”, complementados por apoios públicos.
As parcerias são, de resto, um dos pilares da visão da Raidho. “Queremos trabalhar com escolas, com as autarquias e com outras associações culturais, criando sinergias que permitam projetos mais ambiciosos. Estas redes não são apenas uma estratégia, são parte da nossa responsabilidade social”, sublinha.
Mais do que um espaço de ensino artístico, a Raidho pretende ser uma bússola para a comunidade, promovendo transformação, crescimento e união através da arte.