Segunda-feira, Novembro 25, 2024
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Carnaval da Nazaré dá trabalho às costureiras todo o ano

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No dia em que os foliões saírem à rua, já  a costureira Alípia Fidalgo conta muitas semanas de trabalho no seu pequeno ateliê, na zona histórica da Nazaré, a preparar os fatos de centenas de nazarenos.

As marchas na rádio não enganam: o Carnaval está a chegar. Mas no dia em que os foliões saírem à rua, já Alípia Fidalgo conta muitas semanas de trabalho no seu pequeno ateliê, na zona histórica da Nazaré, a preparar os fatos de centenas de nazarenos.

A nazarena prepara, todos os anos, muitas dezenas de fatos para elementos dos grupos, entre os quais as Maltezas, o maior grupo de Carnaval da Nazaré, constituído por mais de 600 mulheres. 

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Dessas seis centenas de fatos, fez “apenas” mais de uma centena, isto sem contar com fatos que também faz para outros grupos carnavalescos. “Seria impossível uma pessoa só fazer os 600 fatos”, defende a costureira, com 50 anos de idade e muitos outros com experiência entre o fio e a agulha. Alípia Fidalgo é das poucas costureiras que trabalham a tempo inteiro que restam na Nazaré. 

Nos desfiles participam “cerca de 2 mil pessoas”, por isso só “resta imaginar” os metros de tecido e horas de trabalho necessários para que todos se apresentem da melhor maneira. A média de tempo para cada fato “varia muito” em consequência do tipo de tecido e das formas, mas, no total, um só fato pode demorar “mais de um dia” a ser feito.

Depois de um curso de modelismo em Lisboa, a nazarena tem dedicado a vida à costura e, em particular, à confeção de fatos de Carnaval. O Entrudo é das “melhores épocas” para o negócio: “as pessoas pagam tudo para poder ir no Carnaval”, revela a costureira, que aponta haver um “imenso retorno económico” para o concelho durante a época carnavalesca.

“É um gasto considerável para a maioria das famílias”, argumenta a foliona. Contudo, o Entrudo está no sangue dos nazarenos e isso também se demonstra no caso de Alípia Fidalgo: “se não vou ao Carnaval fico triste como a noite”…

Enquanto as costureiras trabalham, os grupos estão a ultimar todos os pormenores para a preparação nos desfiles, agendados para os dias 26 e 28 deste mês, que prometem trazer, uma vez mais, milhares de pessoas à marginal da Nazaré.

 

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