Uma década depois da apresentação do projeto, a empreitada de reabilitação e modernização da rede do Perímetro Hidroagrícola da Cela já se encontra concluída. Em curso está a reabilitação do açude de derivação existente e a construção da estação elevatória, bem como a nova sede da Associação de Beneficiários da Cela. Em fase de análise de propostas encontra-se a empreitada de reabilitação da estação elevatória de drenagem. O projeto, que está avaliado em 10 milhões de euros, investimento integralmente suportado por fundos comunitários, na sequência de uma candidatura ao Plano de Desenvolvimento Rural 2020, deverá estar concluído no primeiro semestre do próximo ano.
Uma década depois da apresentação do projeto, a empreitada de reabilitação e modernização da rede do Perímetro Hidroagrícola da Cela já se encontra concluída. Em curso está a reabilitação do açude de derivação existente e a construção da estação elevatória, bem como a nova sede da Associação de Beneficiários da Cela. Em fase de análise de propostas encontra-se a empreitada de reabilitação da estação elevatória de drenagem. O projeto, que está avaliado em 10 milhões de euros, investimento integralmente suportado por fundos comunitários, na sequência de uma candidatura ao Plano de Desenvolvimento Rural 2020, deverá estar concluído no primeiro semestre do próximo ano.
A reabilitação e modernização da rede de rega incidiu na substituição de um sistema por gravidade por um sistema de pressão em que cada parcela ficará com uma boca de rega e um sistema de programação, permitindo ao agricultor programar as suas regas à distância evitando deslocações ao campo sempre que há necessidade de regar as culturas. De acordo com o presidente da Associação de Beneficiários da Cela, a empreitada, orçamentada em 3,3 milhões de euros, já está concluída e permitiu substituir o “já defeituoso” sistema com 80 anos. “Era urgente realizar esta intervenção. O agricultor era obrigado a trazer o seu motor para fazer pressão para funcionar o sistema de rega e agora tudo será mais simples”, explica.
Com o novo sistema, o acesso à água é muito mais fácil e prático para o agricultor, bastará “abrir a torneira para receber água devidamente filtrada e com pressão”. A quantidade de água gasta será regulada com um contador e cada associado pagará a cota de água à associação.
Para garantir o bom funcionamento do sistema, está ainda em construção um açude de derivação e respetiva estação elevatória de aproveitamento hidroagrícola. “Está a ser construída uma comporta para criar uma bacia hidráulica, que vai reunir a água a transportar para um tanque. Este reservatório vai contar com cinco bombas (três principais e duas secundárias) que vão distribuir a água pelas parcelas”, explica o fruticultor.
A obra tem um custo de 2,3 milhões de euros e deverá estar concluída apenas em fevereiro, devido a atrasos. “Com a obra, estimamos poupar até 50% da água. O Governo está a investir cerca de 20 mil euros por cada hectare e é preciso mostrar rentabilidade. Este é um projeto que representa a agricultura dos concelhos e é, sem dúvida, um investimento que caminha para a sustentabilidade”, analisa. Para acompanhar o desenvolvimento dos trabalhos e os agricultores, a Câmara de Alcobaça disponibilizou uma técnica especializada.
Está também em curso a construção de uma nova sede. “Era uma grande necessidade. O espaço já se tornava pequeno para realizar assembleias ou guardar as máquinas durante a noite”, informa Carlos Malhó, recordando que a empreitada resulta num investimento de cerca de 374 mil euros.
Mas há mais investimentos. O sistema de drenagem também será renovado para aumentar a capacidade. A obra, que deve arrancar no próximo mês, vai substituir as bombas e requalificar o edifício com um custo de 432 mil euros. Há ainda planos para reabilitar o troço de 6,7 quilómetros de estrada, sendo direcionados 347 mil euros.
As parcelas, com 104 hectares na freguesia de Famalicão (Nazaré) e 350 hectares nas freguesias de Cela e Bárrio (Alcobaça), são propriedade de mais de 450 agricultores filiados na Associação.