É caso único no distrito, e será, provavelmente, também no País. A Burinhosa, mais concretamente a equipa de juniores, pode orgulhar-se de ter dois jovens (Andriy Dzyalochynskyy e Tomás Silva) internacionais pelas seleções nacionais jovens. Se, a cumprir o primeiro ano de júnior, Andriy Dzyalochynskyy é presença assídua nos trabalhos da Seleção Nacional de sub-19, Tomás Silva também já começa a firmar o seu nome entre os eleitos para os trabalhos da Seleção de sub-17.
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“Representar Portugal é um orgulho. É fruto do esforço que fui fazendo desde que jogo futsal, sendo que, penso que quando disputei o interassociações (ao serviço da Associação de Futebol de Leiria) é que consegui mostrar-me e dessa forma dar um passo maior”, disse ao REGIÃO DE CISTER Andriy Dzyalochynskyy, que se iniciou na modalidade aos 8 anos, mas que apenas chegou à aldeia do futsal esta época, proveniente do Telheiro (Leiria), onde cumprira toda a sua formação.
O pivot, que tem como referência Zicky Té (Sporting), acredita que este trajeto – cinco internacionalizações pelos sub-19 e duas pelos sub-17 – é fruto do trabalho que tem vindo a efetuar nos dois clubes já referidos. O jogador, que frequenta o 11.º ano, em Leiria, foi chamado pela primeira vez quando ainda representava o Telheiro, mas aponta agora ao Europeu do escalão, momento competitivo em que, admite, quer “estar presente”.
No plantel burinhosense, há também outro jovem a dar cartas. Tem apenas 16 anos, mas joga no escalão acima, o que lhe valeu duas internacionalizações pela Seleção Nacional de sub-17. Sobre o momento, Tomás Silva não esconde o orgulho em vestir a camisola das quinas. “O hino é um momento único. Até arrepia. Desde pequeno sempre sonhei jogar pela Seleção e quando visto a camisola das quinas e canto o hino, é mesmo de arrepiar. Até vêm lágrimas aos olhos…”, confessa o futsalista, que entrou neste “mundo” aos 9 anos, com o símbolo da Ribafria ao peito.
O sonho, esse, está bem definido: “Quero chegar à Seleção A, mas até atingir esse patamar quero ir a todos os estágios para aprender o máximo possível”, destaca o admirador de Tomás Paçó (Sporting). Para esse caminho, o beneditense agarra-se também aos conselhos do conterrâneo e conceituado treinador Paulo Luís (Sporting). “Sempre que é possível estamos juntos na Ribafria. É um orgulho ter uma pessoa desse nível no mundo do futsal ao pé de mim. Os melhores conselhos que já me deu foram para trabalhar e dedicar-me muito”, recorda.
É caso para dizer que a aldeia do futsal tem (mesmo) uma formação internacional.