O Município de Porto de Mós vai avançar com a requalificação e ampliação da escola secundária da vila, num investimento previsto de 7,5 milhões de euros, que contará com uma candidatura a fundos comunitários. O estudo prévio com acordo prévio da Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEST) foi aprovado na passada reunião do executivo municipal, que decorreu no passado dia 23.
Este conteúdo é apenas para assinantes
O projeto elaborado pela autarquia prevê o aumento do número de salas de aula, de forma acomodar os alunos da Escola Básica Dr. Manuel Oliveira Perpétua, na Corredoura, que encerrará a atividade letiva, passando a escola secundária de Porto de Mós a concentrar no mesmo edifício os 2.º e 3.º ciclos e o ensino secundário.
Segundo o presidente da Câmara, a nova estrutura terá capacidade para acolher, no máximo, 1200 alunos. “A nossa preocupação começou há cinco anos. Tentámos resolver um problema de base que era inscrever a escola nas prioridades porque a escola, na perspetiva, quer da DGEST quer do Ministério da Educação, tinha boas condições, e sabíamos em que condições é que estava”, sublinhou Jorge Vala, na última sessão da Assembleia Municipal, que decorreu no passado dia 23, na sede da União de Freguesias de Arrimal e Mendiga.
“Depois de uma luta muito complicada, conseguimos colocar a escola na primeira prioridade. Esta obra vai melhorar significativamente a qualidade da oferta aos alunos do nosso concelho”, destacou o autarca.
O projeto de requalificação e ampliação da Escola Secundária de Porto de Mós está incluído numa verba da CCDR do Centro no valor de 30 milhões de euros, destinada a obras de “primeira necessidade”.
“A escola não reunia as condições mínimas para albergar os alunos. Estávamos a perder alunos para as escolas à volta e ninguém dava conta”, lamentou ainda Jorge Vala. Em resposta à deputada Liliana Pereia (PS) que questionou as condições das instalações futuras, Jorge Vala adiantou que não será necessário o recurso a contentores e que está prevista a normal atividade letiva durante a intervenção.
O social-democrata adiantou ainda que houve a necessidade de alterar o projeto inicial de forma a “cortar” alguns custos. Foi o caso da cobertura de um campo de jogos, no valor de 300 mil euros, que a DGEST entendeu o gasto como “supérfluo”. “Se houver necessidade, o Município suportará esse valor no futuro”, garantiu o presidente da Câmara de Porto de Mós.
A Escola Secundária de Porto de Mós alberga atualmente cerca de 700 alunos. A degradação dos edifícios e do pavimento exterior, assim como as condições térmicas ineficientes são alguns dos motivos que levaram o Município a realizar um estudo com vista à requalificação.