O passado mês de fevereiro foi particularmente ativo para um grupo de 17 alunos do 10.º ano de Ciências e Tecnologia da Escola Secundária de Mira de Aire, que participaram num projeto europeu inovador sobre utilização de Realidade Virtual.
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O “Futurclass – educational solution testing”, enquadrado no âmbito da iniciativa da Comissão Europeia “European Digital Education Hub”, um acelerador de soluções digitais inovadoras, abriu candidaturas a uma turma portuguesa do ensino secundário que quisesse testar os conteúdos de Física e Química, em inglês, num laboratório acessível através de realidade virtual e com recurso a equipamentos Meta Quest 2. Ao longo de seis aulas de Física e Química e outras seis aulas de Inglês, cada uma delas com a duração de 50 minutos, os alunos completaram várias das lições (acerto de equações, ácidos bases e sais; sais; ligações químicas; hidrogénio e oxigénio) e deram o seu parecer relativamente a cada uma delas através do preenchimento de registos de observação.
Ao REGIÃO DE CISTER, a coordenadora do projeto deu conta da importância do programa para os alunos. “A utilização de realidade virtual é algo que não acontece com regularidade na escola em geral. Poder associar a aprendizagem e a consolidação de conceitos a um laboratório imersivo e interativo e poder interagir com a informação em tempo real num ambiente seguro fez com que os alunos compreendessem melhor conceitos e processos complexos de Física e de Química”, assinalou Filomena Miguel. Ainda de acordo com a também docente de Inglês, “a realidade virtual já não é novidade no Agrupamento de Escolas de Porto de Mós, mas esta foi a primeira vez que uma turma foi selecionada para testar a sério uma plataforma educativa, criada por uma Start-up da Estónia, com um sistema de aulas gamificado”.
Quem também colaborou neste projeto foi Luís Lavado, professor de Física e Química, explicando que “a utilização do ‘Futurclass’ permitiu uma exploração de conteúdos e conceitos, através de um envolvimento dos alunos em situações de prática simulada que não seriam possíveis num laboratório tradicional”. “Foi visível o envolvimento, motivação e concentração dos alunos na realização das diferentes tarefas, sendo que a diversidade dos recursos explorados facilitou o estabelecimento de pontos, entre conceitos já abordados ao longo do ensino básico e o maior rigor e exigência do estudo dos mesmos no ensino secundário”, notou.
Do lado dos alunos, satisfação total. “Foi uma experiência boa e enriquecedora”, partilhou Ana Ferreira, corroborando João Espinho e Lara Carreira. Noutro grupo, composto por Lara Abraúl, Luís Enes e Rita Inácio, a satisfação também foi notória: É um projeto com futuro e que nos deu uma melhor perspetiva quanto aos conteúdos”. O mesmo aconteceu com Rodrigo Abreu e Tomás Torrão: “Percebemos melhor como funciona o mundo à nossa volta ao nível químico”.