O Centro de Saúde de Porto de Mós vai ser alvo de uma requalificação para modernizar o edifício, num investimento de cerca de 900 mil euros, financiados a 100% com fundos do Plano de Recuperação e Resiliência. A candidatura foi formalizada pelo Município no final do passado mês.
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A obra vai permitir a melhoria das acessibilidades, através da criação de acessos entre os dois pisos para pessoas com mobilidade reduzida, atualmente inexistentes.
A empreitada vai também incidir na eficiência energética, com a instalação de painéis solares, na substituição de sistemas elétricos e de comunicações e também no melhoramento da maioria dos espaços interiores, como é o caso dos gabinetes médicos.
“O objetivo é modernizar e melhorar as condições, adaptando o espaço à nova realidade das Unidades de Saúde Familiar”, avança o presidente da Câmara de Porto de Mós, em declarações ao REGIÃO DE CISTER. “É uma intervenção que tem muito mais de custo do que de significativo em si. No entanto, é importante referir que se trata de um centro de saúde com cerca de 40 anos e sem nenhuma intervenção de fundo desde então”, sublinha Jorge Vala.
O Município de Porto de Mós prevê que a candidatura seja aprovada até ao final deste trimestre, possibilitando o lançamento do concurso, logo de seguida, e o início da obra ainda em meados desde ano.
Estima-se que a intervenção tenha a duração de, no máximo, um ano.
“É uma obra complexa. Para que o Centro de Saúde continue a funcionar dentro da normalidade, não podemos exigir que a intervenção seja realizada a correr e, nesse sentido, vamos contar com alguns meses de obra”, defende o presidente do Município.
Tratando-se de um investimento “significativo”, a autarquia, irá fazer “um esforço financeiro” com recurso à tesouraria própria. Segundo Jorge Vala, a quantia de 900 mil euros está prevista ser dividida em dois anos, mas está em cima da mesa uma “reprogramação temporal da obra e depois a reprogramação financeira”.
A requalificação do Centro de Saúde de Porto de Mós concretiza-se no âmbito do acordo de descentralização de competências na área da saúde para o Município, que permite que as câmaras municipais passem a gerir e a acompanhar a manutenção dos edifícios dos cuidados de saúde primários, de novas instalações e de obras de requalificação previstas no quadro do Plano de Recuperação e Resiliência.
Entre as competências das autarquias na área da saúde do processo de descentralização está também a contratação de assistentes operacionais ou, por exemplo, a fixação dos horários de funcionamento das unidades de cuidados de saúde de proximidade.